sábado, 13 de outubro de 2012

HORA DE CUIDAR DOS FERIDOS




Foto- Divulgação


Quando terminar sua maratona pelas cidades onde haverá segundo turno para reforçar os palanques do PSB e seus aliados, Eduardo Campos terá outro trabalhão pela frente: sarar as feridas abertas no Recife e em outros municípios pernambucanos onde o governador "atropelou" um bocado de gente para eleger os candidatos de sua preferência.

Uma tarefa complicadíssima, mesmo para o neto de Arraes, o grande vencedor das eleições municipais que subiu vários pontos no cenário nacional, onde já é tratado como presidenciável, diante das tantas vitórias que contabilizou.

Porque é grande o número de amuados, desconfiados, irritados e revoltados pelo Estado inteiro - que não se conformam com o rolo compressor do governador, que saiu esmagando meio mundo campanha afora, sem dar chances de reação. 

No Recife Humberto Costa e João Paulo, do PT, lideram o ranking dos derrotados pelo governador. Assim como Daniel Coelho (PSDB) que não teve fôlego no final da disputa e que os tucanos creditam ao Palácio do Governo a manobra para barrar o crescimento do candidato para que ele não conseguisse chegar ao segundo turno com Geraldo Júlio (PSB).

No Cabo, Betinho Gomes (PSDB) não quer ouvir falar em Eduardo Campos que elegeu Vado da Fármácia (PSB), quando tudo indicava que ele estaria no palanque tucano uma vez que, em Jaboatão dos Gurarapes apoiou a reeleição de Elias Gomes (PSDB), pai de Betinho.

Em Serra Talhada, Inocêncio Oliveira (PR) é um pote de mágoas porque o governador não ajudou a eleger seu sobrinho, o deputado estadual Sebastião Oliveira e em Petrolina, no Sertão do São Francisco, o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho (PSB) não teve o apoio que precisava para eleger o filho prefeito da cidade.

Sem contar os decepcionados que estão na equipe do próprio governador, como o secretário de Cidades, Danilo Cabral, que sonhou disputar a Prefeitura de Ipojuca mas foi vetado, o deputado do PSB, Aluísio Lessa, que queria entrar na corrida eleitoral de Goiana e não teve chances, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, que gostaria de ter sido o escolhido no lugar de Geraldo Júlio e por aí vai.

Enquanto não chega a hora de cuidar dos feridos, Eduardo Campos prepara a agenda de viagem para o segundo turno. Vai a Fortaleza, Salvador, Natal, Teresina, João Pessoa, São Luis, São Paulo, Curitiba e Florianópolis.

Divane Carvalho

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