terça-feira, 7 de maio de 2024

Morre a Sra. Guida Dias de Taquaritinga do Norte PE

Publico  essa bela história contada por Clécio Dias, falando da sua tia Margarida e de suas origens, assim faço a minha singela homenagem a Sra. Margarida Dias, falecida e sepultada em 07.05.2024,  e transmito a minha comadre Dalva e a todos componentes da sua família, os meus sentimentos de pesar e peço a DEUS  que dê o consolo a todos.

Jânio Arruda




Olhou pela janela da casa velha pela última vez! "Naná" não estava nada bem... Sangrava muito. Dona, como era conhecida, tinha engravidado 25 vezes, mais da metade morreu no parto ou ainda bebês! Inácio tinha 19 anos...
A casa da Paquevira se converteu em tristeza! O rapaz disposto, corajoso não voltaria mais... Dona rezava desesperadamente, até soube que o filho teve que ser internado no Hospital São Sebastião, em Caruaru.
Parece que era em 1973, Naná foi o primeiro dos "Dias" a se despedir... Quase vinte anos depois, Dona, a matriarca, faleceu! Joaquim Dias, morreu em 1993, numa casinha velha, no São Bento! No mesmo ano do pai, José Dias, morreu na mesma cidade onde o irmão foi sepultado (Santa Cruz)...
Maria Dias, após sofrer um atentado do próprio marido, viu sua vizinha ser morta em seu lugar. Alguns anos depois, teve morte natural, tudo nos anos 90. Pedro Dias morreu de repente em 2014...
Em 2022, num lapso de um mês (junho e julho), vi meu pai Amaro Dias e meu Tio Inácio Dias darem adeus, foi tudo tão rápido, tão difícil de passar... Hoje, Margarida Dias, Tia Guida, partiu pra sempre. Estava no hospital já há alguns dias...
Era uma mulher guerreira, a mais velha das filhas. Casou jovem, teve muitos filhos! Era muito carinhosa! Sua casa era pura alegria, seu rosto fazia festa pra nos receber, desde o São Bento, na zona rural da Dália, bem como quando foi morar na Brasília, na zona urbana, há muito tempo!
Aos poucos, as despedidas vão se tornando comuns, mas nunca nos acostumamos. Tia Guida deixa um legado de amor, dedicação, solidariedade... A casa da Paquevira, onde a extensa família Dias nasceu e viveu, onde os primeiros versos brotaram, permanece lá, na serra, e cada despedida se transforma num poema ou numa saudade imensa: POESIA!
Texto de Clécio Dias
Margarida Dias, 81 anos de idade. Era minha tia!

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