Servidores públicos estaduais e dependentes têm direito ao atendimento da medicina preventiva e curativa, ambulatorial e hospitalar, mediante entidades, profissionais e hospitais credenciados e por meio de sua própria rede – o Hospital dos Servidores Estaduais e 13 unidades regionais. O Sassepe é administrado e gerido pelo Instituto de Recursos Humanos de Pernambuco, o IRH, e suas regras e coberturas são definidas pelo Conselho Deliberativo, o Condaspe, sendo quatro indicados pelo Governo e quatro indicados pelos sindicatos representantes dos servidores estaduais.
Palmas para o modelo Sassepe, que acabou sendo referência nacional. Mas se tudo funcionasse obedecendo regras e padrões da boa convivência entre o Estado e a rede credenciada, sem atraso a quem presta seus serviços, seria o paraíso de Adão e Eva. Da teoria para a prática, o Estado deixa de cumprir suas obrigações, sendo a principal o pagamento mensal dos atendimentos aos servidores.
Segundo dirigentes de hospitais ouvidos pelo blog, a partir da decisão corajosa do hospital Santa Ifigênia, de não mais atender pacientes do Estado até que o Governo pague o que deve, as instituições conveniadas estão sem receber desde julho do ano passado. A culpa é do PSB, do Governo Paulo Câmara, mas os donos de hospitais estiveram com a governadora Raquel Lyra (PSDB), ao longo da campanha, relatando o drama que estão vivendo com os atrasos mensais dos repasses do Estado.
A tucana só tem um mês no poder, é verdade, mas os donos e gestores do sistema geral de atendimento ao Sassepe estão mais apreensivos ainda, porque não receberam nenhuma sinalização da tucana de que tudo isso vai mudar, que os tempos serão novos e diferentes, sem calote.
O clamor do Santa Efigênia – Na nota na qual
comunica o fim do atendimento aos servidores do Estado e dependentes, o
hospital Santa Efigênia informa que tem contrato com o Estado desde
2018. Revela que em agosto do ano passado foi firmado com o Estado, via
Ministério Público, o compromisso para o cumprimento de prazos nos
pagamentos, ato desrespeitado pelo IRH. “O prazo para pagamento da
produção é de 90 dias após apresentação do envio da mesma, o que gera um
esforço gigantesco para gestão adequada do capital de giro necessário”,
diz o comunicado. E acrescenta: “Desde novembro de 2022 a unidade vem
gerenciando o cenário de atraso. A inadimplência impossibilita a
manutenção dos atendimentos”.
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