sábado, 27 de julho de 2019

Da coluna de Inaldo Sampaio



A reforma trabalhista que o Congresso aprovou no governo Temer significou para o sindicalismo brasileiro uma espécie de sentença de morte. Antes, cada trabalhador com carteira assinada era obrigado a contribuir para o seu sindicato com o equivalente a um dia de trabalho. Isso enchia as burras das centrais e também dos sindicatos a elas filiados. Exemplo do efeito da “pancada” foi visto este ano nas comemorações do dia 1º de maio, em São Paulo. Lá, a Força Sindical costumava festejar a data com sorteio de dezenas de carros e apartamentos, além de shows milionários. Agora, não há mais desconto em folha dessa contribuição sindical. Quem quiser contribuir terá que fazê-lo, pessoalmente, comparecendo à sede do seu sindicato. Na esfera pública de Pernambuco, um dos mais aguerridos era o Sintepe quando tinha na presidência a deputada Teresa Leitão. Ele já teve à sua disposição cerca de 80 professores da rede estadual (um absurdo), hoje reduzidos a 22 espalhados por várias secretarias. Um deles é o petista Paulo Ubiratan Vieira da Silva, secretário de políticas sociais, que através de uma retórica pobre e inconsistente tentou convencer a bancada federal pernambucana a votar contra a reforma previdenciária. Não se deu bem, pois 14 dos 25 votaram a favor.

A batalha de 2022

A disputa pela sucessão de Paulo Câmara começará a ser travada em 2020 nessas cinco cidades: Recife, Jaboatão, Olinda, Caruaru e Petrolina. Uma coisa não está necessariamente ligada à outra, mas quem vencer nessas cinco se fortalece para eleger o próximo governador. A Frente Popular se esforça para manter pelo menos o controle da prefeitura da capital.

Escassez de viagens

Em sete meses de governo, Bolsonaro esteve duas vezes no Nordeste (Pernambuco e Bahia) e uma vez no Norte (Amazonas). Em Recife, no último mês de maio, participou de uma reunião da Sudene onde foi lançado um Plano de Desenvolvimento do Nordeste, que ainda depende de inclusão na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no OGU para sair do papel.

Chega de espera

O prefeito de Itapetim, Adelmo Moura (PSB), que foi “amigo-irmão” de Eduardo Campos, desistiu de buscar apoio no DER para tapar os buracos das rodovias que dão acesso ao município. Lembrou-se do que disse certa vez o então secretário dos transportes, Sebastião Oliveira (PR): “Aqui não existe dinheiro sequer para comprar papel higiênico”.

Ainda este ano

A secretária Fernanda Batista (Infraestrutura) garante que a rodovia que liga Pernambuco à Paraíba (trecho São José do Egito – Ouro Velho) irá à licitação no próximo mês e talvez seja recapeada ainda este ano (está uma tábua de pirulito). São apenas 30 km. Imagine se fosse 100 ou 200 km. O governo chegaria ao fim e ele não seria concluída.

Carga máxima

Se a “carga” dada pelo Governo do Estado no Festival de Inverno de Garanhuns, que termina neste sábado (27), foi grande, a fim de projetar a imagem do deputado e futuro candidato a prefeito, Sivaldo Albino (PSB), a de 2020 nem se fala. Na próxima semana a Fundarpe já vai começar a cuidar dos preparativos para que nada saia errado no ano da eleição.

O criador

O Festival de Inverno de Garanhuns, que está na sua 29ª edição, foi criado pelo ex-prefeito e ex-deputado Ivo Amaral, hoje com 85 anos e saúde de ferro. Ele faz questão de dizer que quem lhe deu a ideia foi Marcílio Rinaux, inspirado no Festival de Inverno de Campos do Jordão (SP). E que teve todo o apoio do então governador Joaquim Francisco.

Pena máxima, não!

Depois que os governadores Paulo Câmara (PE) e Renato Casagrande (ES) caíram em campo, o PSB não vai mais expulsar os deputados que votaram a favor da reforma da previdência, contrariando o partido. E nem exigir que eles votem contra no segundo turno. Quem continua intransigente é o presidente Carlos Siqueira, mas será domado pelos governadores.

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