sábado, 29 de dezembro de 2018

DA Coluna de Inaldo Sampaio


Um time que tem o jeito e cara de Paulo Câmara

por Inaldo Sampaio


Coluna Fogo Cruzado

Paulo Câmara vai exigir dos novos secretários não apenas dedicação mas criatividade

O governador Paulo Câmara anunciou ontem o secretariado para o seu segundo governo que terá início na próxima terça-feira. Ele mesclou peças velhas com peças novas e, diferentemente do time que montou em 2014, não loteou o governo com partidos políticos, embora haja representantes do PSB (Aluísio Lessa), do PT (Dilson Peixoto), do PP (Cloves Benevides), do PSD (Rodrigo Novaes) e do PDT (Alberes Lopes). Só que, desta vez, o governador não aceitou que os partidos fizessem as indicações, salvo o PDT que indicou um vereador de Caruaru (Alberes Lopes). Ele é que foi buscar nos partidos da Frente Popular os nomes para compor a sua equipe. Não foi surpresa, por exemplo, a manutenção de Pedro Eurico (Direitos Humanos), Sílvia Cordeiro (Mulher), Fred Amâncio (Educação), Antonio de Pádua (Defesa Social) e Antonio Figueira (Assessoria Especial) no time, tampouco o recrutamento de Sileno Guedes (Desenvolvimento Social), Aluísio Lessa (Ciência e Tecnologia), José Neto (Administração), Renato Thiebaut (Projetos Estratégicos) e Milton Coelho (Chefia de gabinete) para auxiliá-lo no segundo governo. Surpresa, mesmo, foi a escolha da engenheira Fernandha Batista para a pasta de Infraestrutura, já que o nome dela não figurou em nenhuma lista dos “secretariáveis”, bem como a não permanência de César Caúla (Procuradoria Geral do Estado) e Márcio Stefanni (Planejamento e Gestão). Gilberto Freyre Neto foi uma boa escolha para a pasta da Cultura, assim como André Longo para a Saúde e Antonio Bertotti para Meio Ambiente. Os três vão atuar em áreas que conhecem bem. O time é bom, mas tem que mostrar serviço nos próximos quatro anos, que serão de vacas magras. Administrar com dinheiro é uma coisa e na escassez é outra. Por isso vai-se exigir dessa equipe não apenas dedicação, mas sobretudo criatividade.

Herança de Eduardo

O futuro chefe da Casa Milita, coronel Carlos José, foi ajudante-de-ordem do governador Eduardo Campos. É educado, competente e disciplinado. Vai comandar uma pasta que não lhe é estranha porque teve muita ligação com ela quando auxiliava o ex-governador. Já Nilton Mota foi chefe da Casa Civil, com mandato de deputado, e agora será de novo sem mandato.

Espaço 1 – O PR, que agora é comandado em Pernambuco pelo prefeito Anderson Ferreira (Jaboatão), ficou sem espaço no governo estadual. O partido comandou desde 2007 a Secretaria dos Transportes. O deputado Sebastião Oliveira já esperava pela exclusão e por isso não chiou.

Espaço 2 – André de Paula, que comanda o PSD estadual, também recebeu com naturalidade a exclusão do seu grupo do governo estadual. Quem vai representar o partido é o deputado Rodrigo Novaes, que já havia sido convidado por Paulo Câmara em 2014 para o secretariado e só não assumiu porque o partido não o chancelou.

Espaço 3 – O PCdoB não terá representantes no secretariado estadual, mas a vice-governadora eleita, Luciana Santos, que é presidente nacional do partido, terá espaço no segundo escalão.

Não, obrigado! – Já se esperava que nenhum deputado federal aceitaria convite para o segundo governo de Paulo Câmara. Daí o convite feito a Milton Coelho (PSB), primeiro suplente da Frente Popular, para chefe de gabinete. Mas o que ele gostaria mesmo era mudar-se para o DF.

O imexível – Paulo Câmara agiu corretamente ao manter o ex-deputado Pedro Eurico na Secretaria de Direitos Humanos porque outra pessoa dificilmente daria certo naquele lugar.

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