sábado, 8 de abril de 2017

Da Coluna de Inaldo Sampaio


Prefeito de Garanhuns antecipa o debate de 2018
Postado por Inaldo Sampaio


Coluna Fogo Cruzado

O prefeito Izaías Régis teria agido em Garanhuns como cabo eleitoral do senador Armando Monteiro

Ao recusar-se a receber o governador Paulo Câmara em sua cidade, na última quinta-feira (6), o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), acabou antecipando o debate eleitoral de 2018. Ele disse que não compareceu ao evento de que o governador participaria – o seminário “Pernambuco em ação” -, para poupá-lo de críticas, pois se por acaso comparecesse seria obrigado a dizer “algumas verdades”. Exemplos? Que a violência no Agreste Meridional aumentou consideravelmente e que há 8 municípios da região sem um só policial, que os recursos prometidos aos municípios por intermédio do FEM não estão sendo liberados. E que se recusava a aparecer ao lado do governador inaugurando poço artesiano, como se isso fosse uma grande obra. O prefeito acabou sendo criticado pelo senador Fernando Bezerra e o deputado-secretário Sebastião Oliveira (Transportes), para os quais não agiu como “gestor público” e sim como “cabo eleitoral” do senador Armando Monteiro (PTB).

Ausências notadas

O deputado Álvaro Porto (PSD) e seu sobrinho, Felipe (PSD), prefeito de Canhotinho, não participaram quinta, em Garanhuns, do seminário “Pernambuco em Ação” promovido pelo Governo do Estado. Álvaro é dissidente na bancada governista e incomoda muito mais o governador Paulo Câmara, com suas críticas, do que o próprio líder da Oposição, Sílvio Costa Filho (PRB).

Aparelhamento – Outrora crítico do PT por ter “aparelhado” a máquina pública federal nos governos de Lula e Dilma, o ministro Roberto Freire (Cultura) faz exatamente a mesma coisa, segundo o jornal “Folha de São Paulo”. O matutino paulista noticiou que ele nomeou até agora 18 membros do seu partido para cargos importantes no Ministério, entre eles a militante feminista Maria do Céu, suplente de vereador no Recife.

Alerta – O ministro Bruno Araújo (Cidades), de passagem ontem pelo Recife, aconselhou o prefeito do Cabo, Lula Cabral (PSB), a examinar com cuidado a municipalização dos serviços de água e saneamento. Custa caro bancar isto e talvez não seja bom negócio romper o contrato de concessão com a Compesa, conforme o prefeito está desejando, disse o tucano.

Concurso – O secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, acatando recomendação feita pelo TCE, decidiu anular o teste psicológico do concurso público para provimento de vagas nas Polícias Civil e Científica.

Na fila – Ao exaltar as realizações do governo Paulo Câmara, em Garanhuns, na última quinta-feira, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) quis deixar claro dentro do partido que a “bola da vez” para 2022 é ele e não o prefeito do Recife, Geraldo Júlio.

Independência – O vereador e 1º secretário da Câmara do Recife, Marco Aurélio (PRTB), tem dado sucessivas provas de que se comporta com independência em relação ao governo municipal. É leal ao prefeito Geraldo Júlio, mas não abre mão de tecer críticas àquilo que considera errado, como “pardais” multando automóveis entre 10 da noite e 6 da manhã.

Oposição – O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) feito um malabarismo enorme para romper com o governo Michel Temer, inventando todo tipo de desculpa, mas nem precisava. Bastaria ir direto ao assunto dizendo o seguinte: “Só tenho chance de ser reeleito em Alagoas se tiver no palanque do ex-presidente Lula”. Seria mais honesto.

Paladino – O senador e presidente nacional do DEM, José Agripino (RN), arquivou o título que se autoconcedeu de “paladino da ética”, no Congresso, desde que foi acusado, dois anos atrás, de envolvimento num escândalo do Detran-RN. Deve estar ainda mais constrangido depois que o ministro Edson Fachin (STF) autorizou que ele fosse investigado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Pela boca – O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tem 6% de intenções de voto em Pernambuco, hoje, para presidente da República, segundo pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, mas dificilmente manterá esse percentual. A exemplo do ex-ministro Ciro Gomes, ele caminha para “morrer pela boca”. Sua última e desastrada declaração foi feita no Clube Hebráica (RJ): “Tenho cinco filhos. Foram quatro homens, na quinta (vez), eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”
Relação – Não é, digamos, muita amistosa, a relação pessoal e política entre os deputados federais Eduardo da Fonte e Fernando Monteiro, ambos do PP de Pernambuco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário