sábado, 21 de janeiro de 2017

Da Coluna de Inaldo Sampaio


Lula já está lançado, independente do PT
Postado por Inaldo Sampaio

Coluna Fogo Cruzado

Lula pode se tornar competitivo em 2018 se não for preso, Temer fracassar e Alckmin não for atingido pela Lava Jato

Para tornar mais difícil a prisão de Lula, ou mesmo constranger o juiz Sérgio Moro se este for obrigado a decretá-la, a direção nacional do PT quer antecipar para o mês de abril o lançamento da candidatura dele a presidente da República em 2018. O próprio Lula não demonstra muito entusiasmo por esse projeto. Mas é a única mercadoria de que o Partido dos Trabalhadores dispõe no momento em condições de participar do jogo. Afinal, o PT convive com uma agenda negativa desde o episódio do mensalão (há 10 anos, portanto) e seus principais fundadores como o ex-ministro José Dirceu, por exemplo, ou estão na cadeira ou respondendo a processos na Justiça, como é o caso do próprio Lula. Alas do partido ainda acreditam que o ex-presidente poderá tornar-se um candidato competitivo em 2018, o que é verdade. Mas só se o governo Michel Temer fracassar e o governador Geraldo Alckmin for ferido de morte pela Lava Jato.

A heterodoxia do PCdoB

O deputado Sílvio Costa (PTdoB) criticou asperamente a bancada federal do PCdoB (12 parlamentares), especialmente a pernambucana Luciana Santos, por ter declarado apoio à recondução de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara Federal. Ele disse que a “heterodoxia” dos comunistas levou o partido a opor-se ao impeachment de Dilma, mantendo-se aliado ao PSB que foi a favor.

Testemunha – A “testemunha-bomba” que o advogado Antonio Campos diz ter arrolado para depor no inquérito que apura as circunstâncias da morte do seu irmão, Eduardo, será um divisor de águas. Se apresentar fatos novos, pode mudar o curso das investigações. Se não, consolidará a tese da fatalidade.

Condor – Arraes morreu convencido de que JK, João Goulart e Carlos Lacerda foram assassinados pela “Operação Condor” porque a morte dos três líderes que se opunham ao regime militar deu-se no período de apenas 11 meses.

Pacto – A prefeita Raquel Lyra (PSDB) fez a sua parte ao lançar um programa de segurança para Caruaru, mas sem o envolvimento das Polícias Civil e Militar, ora brigadas com o Governo do Estado, terá o mesmo desfecho do “Pacto pela Vida”.

Socorro! – Ameaçado de expulsão pelo PT de Olinda por não ter apoiado Teresa Leitão para prefeita, e sim Luciana Santos (PCdoB), o ex-vereador Marcelo Santa Cruz denunciou o fato à direção nacional e pediu providências.

Apoio – Governadores têm ficado à margem da disputa eleitoral pela presidência da Câmara dos Deputados. Paulo Câmara (PE), por exemplo, recebeu Rodrigo Maia (DEM-RJ), Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO), mas não se comprometeu com nenhum deles. A exceção é Marconi Perillo (PSDB-GO), que se abraçou com este último.

Renovação – Em conflito com a opinião pública desde 2005, o PT já prepara para tentar manter na Câmara Federal em 2018 pelo menos os mesmos 57 deputados que possui hoje, acrescentando nomes como João Paulo, Humberto Costa e Fernando Ferro, todos de Pernambuco. Em termos nacionais, porém, as caras novas serão poucas.

Mutirão – Até que o substituto de Teori Zavascki no STF tome pé de todos os processos da Lava Jato, ficará em segundo plano a recomendação da presidente Carmem Lúcia aos Tribunais de Justiça para que realizem “mutirões” nas Varas de Execuções Penais. O ministro Gilmar Mendes, quando presidia o STF, promoveu um “mutirão” que foi responsável pela soltura de 22 mil presos provisórios. Um deles ficou preso 11 anos, no ES, sem julgamento.

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