quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Entre Tony e Raquel, Queiroz optou pelo PSDB


Postado  por Inaldo Sampaio

Coluna Fogo Cruzado – 6 de outubro

Para equilibrar o jogo em Caruaru, o candidato Tony Gel precisa receber o apoio de Erick Lessa, terceiro colocado na disputa

O prefeito José Queiroz não pensou duas vezes antes de tomar partido junto com o seu grupo político no segundo turno de Caruaru. Ficou literalmente numa saia justa porque os dois finalistas do primeiro turno, Tony Gel e Raquel Lyra, bateram pesado na sua gestão. No entanto, seguindo os ensinamentos de Miguel Arraes segundo os quais, em política, não deve existir neutralidade, optou pela candidatura de Raquel da qual estava menos distante, inclusive sob o ponto de vista pessoal, que da candidatura de Tony Gel, seu adversário político há 30 anos. O prefeito tinha divergências com o grupo Lyra, que não apoiou sua reeleição em 2012, mas em nome dos “interesses de Caruaru”, segundo ele próprio, as diferenças foram esquecidas e todos irão marchar juntos no segundo turno. Para tentar equilibrar o jogo, a Tony Gel restará a opção de buscar o apoio do delegado Erick Lessa, terceiro colocado na disputa. Mas não será fácil.

O pragmatismo do PCdoB

O PCdoB posicionou-se de diversas formas no 2º turno das eleições. No Recife, está na chapa de Geraldo Júlio (PSB) com o vice Luciano Siqueira; em Olinda, não apoiará Antonio Campos (PSB) nem Lupércio (SD), ficará neutro; e em Jaboatão está com Neco (PDT) porque o outro finalista, Anderson Ferreira (PR), pertence a um partido “golpista”, esquecido de que o PSB também apoiou o “golpe”.

História – A insistência da Frente Popular em dizer, de público, que elegeu 156 prefeitos nessas eleições, faz lembrar o pleito de 96 quando o então governador Miguel Arraes saiu das urnas com 131 prefeitos. Dois anos depois Jarbas Vasconcelos ganhou o governo e, dos 131, apenas 13 apoiaram Eduardo Campos em 2016.

Vitória – O cirurgião Pedro Alves (PSB), do Hospital da Restauração, elegeu-se vice-prefeito de sua terra, Iguaracy, no sertão do Pajeú, na chapa do candidato José Torres Filho (PSB), o “Zeinha”.

Retorno – O ex-prefeito de Itambé Fred Carrazone (PSDB) não pôde disputar a prefeitura por risco de ser impugnado mas lançou a mulher, Graça (PDT) e ela derrotou o prefeito Bruno Borba (PSB).

Azar – Um eleitor da prefeita eleita de Surubim, Ana Célia Farias (PSB), apostou R$ 50 mil como ela derrotaria o prefeito Túlio Vieira (PT) e deu 2 mil votos de vantagem. A diferença foi 1.999.

Tsunami – Nunca, em Custódia, um candidato a prefeito tinha batido o adversários por mais de 2 mil votos de diferença. Nessas eleições, o vice Manuca (PSD) derrotou o prefeito Luiz Carlos Gaudêncio (PT) por 5.055 votos. E também pela 1ª vez três mulheres se elegeram vereadoras: Dra. Anne (SD), Yolanda (PSB) e Nita Barreto (PSB).

Força – Governista independente, o deputado Álvaro Porto (PSD) elegeu 7 prefeitos do seu grupo político: Felipe Porto (Canhotinho), Jadiel Braga (São Caetano), Genaldi Zumba (São João), Agnaldo Inácio (Jurema), Armando Duarte (Caetés), Rossine Blesmany (Lajedo) e Marcos Patriota (Jupi). É o suficiente para reeleger-se.

Quadros – Se o governador Paulo Câmara for mesmo mexer na sua equipe a partir de janeiro, como se cogita, alguns candidatos do PSB que não lograram êxito nessas eleições poderão ser aproveitados por ele. São lembrados Antonio João Dourado (Lajedo), Heraldo Selva (Jaboatão), Gino Albanez (São Lourenço) e Yves Ribeiro (Igarassu). Jorge Gomes (Caruaru) ficaria ausente da equipe porque a mulher dele, Laura, vai assumir cadeira na Alepe.

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