terça-feira, 3 de maio de 2016

Adversários fazem acordo em Ipojuca


Postado  por Inaldo Sampaio

Coluna Fogo Cruzado – 3 de maio

O ex-prefeito Pedro Serafim indicou o filho, Pedro Neto, para ser o vice do prefeito Carlos Santana nas eleições de Ipojuca

O prefeito Carlos Santana celebrou um acordo em Ipojuca com o seu antecessor e adversário político, Pedro Serafim. Trata-se das duas maiores lideranças políticas do município, que já se enfrentaram nas urnas diversas vezes. Agora, segundo Serafim, a crise em que o município está mergulhado levou-os a fazer este entendimento. O complexo de Suape, que tem 70% de suas indústrias na área do município, foi fortemente afetado pela crise. O desemprego grassa por toda parte, com rebatimento direto no comércio, e não seria aconselhável um novo embate político entre os dois líderes, que poderia fragilizar ainda mais o município. “Na guerra, um dos lados perde; na paz, todos ganham”, declarou Pedro Serafim, que indicou o filho, deputado estadual Pedro Neto, para ser o vice de Carlos Santana (PDT). O acordo, que teve o aval do governador Paulo Câmara, sacrificou o atual vice, Pedro Mendes, indicado em 2012 por Eduardo Campos.

Soma – Nem sempre a soma de adversários políticos dá resultado em eleição. Por isso o prefeito Carlos Santana (PSDB) e o ex Pedro Serafim (PDT) vão ter que gastar muita saliva para explicar aos eleitores por que se juntaram. Inocêncio Oliveira (PR) e Augusto César (PTB), as duas maiores lideranças políticas de Serra Talhada, uniram-se em 2012 e perderam a eleição. Para o PT (Luciano Duque).

Oposição – Com a união de Carlos Santana e Pedro Serafim, a oposição em Ipojuca passa a ser comandada pelo ex-vereador Romero Sales (PTB), que foi derrotado em 2012 por menos de 300 votos. Ele pretende disputar a prefeitura pela segunda vez e a partir de agora vai colocar o bloco na rua.

Sangue – O deputado Romário Dias (PSD) já tem candidato à Câmara Municipal do Recife nas próximas eleições: o sobrinho Tiago (PSDB), filho do seu irmão, Sebastião Dias, que faleceu em 2015.

Base – Se todos os 367 deputados que votaram a favor do impeachment na Câmara Federal derem apoio ao governo de Michel Temer, ele terá votos suficientes até para aprovar emendas à Constituição (308).

Morte – Parte dos vereadores do Recife passa mais tempo fazendo contas eleitorais do que nas sessões. A impressão na Casa, hoje, é que 15 vereadores não serão reeleitos, a maioria deles do PSB/PDT.

Ética – Do ex-governador Roberto Magalhães sobre a crise política, econômica, social e ética que aflige o Brasil: “O mais grave nisso tudo é que uma parte de nossas elites está envolvida nos malfeitos, e não os condena. E se ela é tão descomprometida com a ética, como cobrá-la das outras pessoas?”

Identidade – Em pelo menos um ponto, o deputado Daniel Coelho (PSDB) está de acordo com o prefeito Geraldo Júlio (PSB). Ambos acham que seus partidos não deveriam integrar o governo Michel Temer. Sabendo-se que o futuro governo será de “salvação nacional”, os dois estão muito certos, ou muito errados.

Lista – Agora são 9 os pernambucanos cujos nomes foram especulados para o ministério de Michel Temer: Jarbas (PMDB), Raul Henry (PMDB), Cristovam Buarque (PPS), Roberto Freire (PPS), Raul Jungmann (PPS), Mendonça Filho (DEM), Augusto Coutinho (SD), Fernando Filho (PSB) e Romero Jucá (PMDB). De todos, entretanto, o único com chance real de virar ministro é este último (Planejamento).

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