terça-feira, 26 de abril de 2016

Da coluna de Magno Martins


Postado por Magno Martins 


Câmara pode enfrentar greve na PM

O governador Paulo Câmara (PSB) deve se deparar nos próximos dias com graves problemas na área de segurança pública, correndo o risco de enfrentar uma nova greve na Polícia Militar. É fato, reconhecido pelo próprio Governo e aliados, que os indicadores do Pacto Pela Vida estão em declínio. Pernambuco fechou o ano passado com 455 homicídios a mais que em 2014, num crescimento de 13,2%.

Ao todo, foram registradas 4.888 mortes violentas em 2015, ante os 3.433 registradas no ano anterior, segundo informações do banco de dados da Secretaria de Defesa Social. Em termos absolutos, os números são os maiores desde 2009, representando um retrocesso de cinco anos no combate à violência em Pernambuco. Preocupa ainda mais o fato de 2015 ser o segundo ano consecutivo de aumento na taxa de violência – lembrando que em 2014 já houve uma alta de 10,7% nos casos de mortes violentas em relação a 2013.

Falta por parte do Estado uma política mais arrojada. O Estado de Alagoas, por exemplo, apontado como uma das unidades mais violenta do País, vem caminhando para abandonar esse posto e é um exemplo de como é possível obter êxito no combate à criminalidade, apesar da conjuntura econômica desfavorável. Ontem, o secretário-executivo da Secretaria de Defesa Social, Rodrigo Bastos, na foto acima, entregou o cargo ao governador alegando motivos particulares.

Por meio de nota, a assessoria do secretário de Defesa informou que o delegado Alexandre de Almeida Lucena, atual Superintendente Adjunto da Superintendência da Polícia Federal no Estado, assumirá o posto. A mudança na cúpula da SDS acontece a poucos dias da Polícia Militar, que pleiteia aumento salarial de 25%, realizar uma assembleia que pode resultar em paralisação de advertência e depois por tempo indeterminado.

A possibilidade de greve foi confirmada pelo presidente da Associação de Cabos e Soldados, cabo Alberison Carlos, que disse que ainda aguarda uma resposta positiva do Governo sobre as reivindicações da categoria. Segundo ele, a categoria estabeleceu amanhã como prazo final. "A gente espera que o Governo se sensibilize, nos dê uma resposta positiva, por que aí vamos deliberar com a tropa em assembleia e o que for decidido nós vamos seguir com esse propósito", disse ele.

O Governo do Estado também marcou para amanhã uma rodada de negociações com os policiais. Na última greve da Polícia Militar, em junho de 2014, foram registrados assaltos, arrastões e homicídios em série e o Exército foi chamado para colaborar com a segurança pública.

PRAZO DE DEFESA– Indicado pelo PMDB para a presidência da comissão especial do impeachment no Senado, o senador Raimundo Lira (PB) garante que, embora não haja previsão no rito do Senado para que a defesa de Dilma se manifeste nesta primeira etapa de tramitação do processo na Casa, avaliará abrir espaço para os defensores da presidente apresentarem seus argumentos aos 21 integrantes da comissão especial antes de o colegiado emitir um parecer.

FBC reafirma voto pró-impeachment–
 Integrante da Comissão Especial do Impeachment no Senado, que se instalou ontem e hoje terá a sua primeira reunião, o senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB) reafirmou, ontem, seu voto pela admissibilidade do afastamento da presidente Dilma. “Sogo o meu partido, que tomou esta decisão na Câmara quando deu uma importante contribuição para a aprovação da matéria”, disse. FBC é o único senador do Estado que vota contra os interesses do Governo. Douglas Cintra, do PTB, e Humberto Costa, líder do Governo no Senado, trabalham contra.

Serra e a divisão tucana- O senador José Serra tem dito que só iria ocupar um Ministério num Governo Temer se isso ocorrer em acordo com seu partido, o PSDB. O partido, no entanto, está dividido. Existem os que pensam que, se apoia o afastamento de Dilma, o partido deve integrar o novo governo, tal como aconteceu no caso de Itamar Franco, em 92; outra ala acha melhor conhecer primeiro quem serão as companhias de equipe; e outra acha que o partido deve ficar fora do Governo e dar o apoio necessário no Congresso.

Contas públicas na UTI– A dívida pública do Governo Federal, que inclui os endividamentos interno e externo, subiu 2,38% em março, para R$ 2,88 trilhões, segundo o Tesouro Nacional. Em fevereiro, o endividamento público já havia registrado alta e chegado a R$ 2,81 trilhões. A expectativa do Governo é que a dívida fique entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões no fim de 2016. Ao fim de 2015 ela era de R$ 2,79 trilhões. A previsão está do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2016. Dívida pública é o resultado dos títulos que o Governo emite para pagar os papéis que estão sendo resgatados, ou seja, que estão vencendo, e também para financiar empréstimos

PSB degola Waldemar – 
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges (PSB), jogou a toalha fora na corrida sucessória em Gravatá. Borges até que queria e trabalhava para se viabilizar, mas uma pesquisa interna do Palácio das Princesas desanimou a direção do seu partido: apareceu com apenas 2% das intenções de voto. Ali, quem lidera todas as pesquisas de intenção de voto é o ex-prefeito Joaquim Neto (PSDB).

CURTAS

MAIS ÁGUA– O deputado Tony Gel (PMDB) comemorou a confirmação da licitação para a obra da adutora do Rio Pirangi. Da tribuna da Assembleia, destacou as reuniões que teve com o governador Paulo Câmara para debater o assunto. O parlamentar agradeceu o empenho também do presidente da Compesa, Roberto Tavares. “Tive várias reuniões para agilizar a obra e esperamos que o processo ocorra de forma ágil”, afirmou.

MEIA-ENTRADA– Foi sancionada, ontem, pelo governador Paulo Câmara, a Lei que institui o benefício do pagamento de meia-entrada para pessoas portadoras de câncer em espetáculos artísticos-culturais e esportivos realizados no Estado. Com o número 15.724/16, a proposta, de autoria do deputado Rogério Leão (PR), foi aprovada por unanimidade no Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Perguntar não ofende: Não é oportunismo de Dilma passar a defender, só agora, a proposta de eleições gerais?

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