Josias de Souza
Em reunião com a presença de Lula, o conselho político do PT decidiu que o partido formulará uma estratégia econômica alternativa à do governo petista de Dilma Rousseff. A legenda dara à luz um “Plano Nacional de Emergência”, com ênfase na retomada do crescimento econômico.
A crítica ao governo está embutida no próprio nome do plano do PT. Ao atribuir à iniciativa um caráter de “emergência”, a legenda como que reconhece a dramaticidade da conjuntura que Dilma tenta presidir. De resto, a decisão de lançar um receituário próprio escancara as divergências do partido em relação às saídas propostas por Dilma.
O PT resiste, por exemplo, à proposta de reforma da Previdência, guindada por Dilma à condição de prioridade. Num instante em que o Banco Central administra os juros de olho no comportamento da inflação, o PT defende a redução das taxas.
Rui Falcão, presidente do PT, diz que o partido defende a mudança da pauta econômica do governo desde julho do ano passado. Nas palavras do dirigente, o PT não deseja interditar debates como o da reforma da Previdência. Mas irá apresentar as suas prioridades.
O movimento do PT surge no dia em que Dilma deflagra uma negociação com os líderes governistas, para tentar apressar a votação de projetos que interessam ao governo. A oposição já avisou que erguerá barricadas contra a emenda que ressuscita a CPMF. Quanto à reforma da Previdência, nada será negociado antes que Dilma vença as resistências do PT. (Leia abaixo trecho da nota divulgada pelo PT após o encontro do seu conselho político)
Trecho de nota oficial do PT sobre a reunião do conselho político da legenda
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