quarta-feira, 29 de abril de 2015

Temer participa de debate na comissão da reforma política


Postado por Inaldo Sampaio



A comissão da reforma política da Câmara Federal ouviu nesta terça-feira (28) o depoimento do vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, sobre as vantagens do “distritão”.

Por essa modalidade eleitoral, seriam eleitos em cada estado os candidatos mais votados para a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa, independente de quociente eleitoral e de coligações proporcionais.

O deputado e presidente da comissão, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou-se a favor da proposta do peemedebista.

Segundo Maia, diante da dificuldade de se aprovar uma grande reforma em nosso sistema eleitoral “é preciso focar dois ou três pontos para que eles possam ser aprovados pelo Congresso”.

“Aprovar o distritão é dar um passo à frente. Não vamos fazer uma ruptura no modelo atual. É preciso defender um modelo que tenha viabilidade eleitoral no Parlamento”, disse o representante do Rio de Janeiro.

Para ele, uma reforma ideal, neste momento, contemplaria a redução de contribuições eleitorais por parte de empresas que prestam serviços ao governo por meio de um financiamento misto (público e privado) e a redução das campanhas eleitorais para 60 dias.

Para o vice-presidente Michel Temer é preciso verificar qual a tese tem mais apoio na Casa para que pontos da reforma possam ser finalmente aprovados. “Seria uma grande decepção popular e política se nós todos, unidos, não conseguirmos realizar essa reformulação política em nosso País”, disse ele.

Sobre o voto majoritário para o parlamento, Temer disse que no atual sistema proporcional candidatos com apenas 200 votos podem ser eleitos, enquanto outros com mais de 100 mil podem ficar de fora.

Segundo ele, se alguém que não representa a população pode aprovar novas leis, isso contraria a base da democracia, que é a tese de que todo poder emana do povo.

Temer fez um apelo à comissão para que realize um esforço concentrado e vote as propostas da reforma política antes do prazo estipulado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


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