quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

DA COLUNA DE MAGNO MARTINS

Coluna da quarta-feira



O minifúndio do PT

Em mais uma difícil negociação, desta feita com o PT, Dilma confirmou mais uma penca de ministros para o seu segundo mandato. São eles: Antônio Carlos Rodrigues (Transporte); Gilberto Occhi (Integração); Miguel Rossetto (Secretaria Geral); Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário); Pepe Vargas (Relações Institucionais); Ricardo Berzoini (Comunicações); e Carlos Gabas (Previdência).

Dos sete, cinco são petistas (Rossetto, Ananias, Vargas, Berzoini e Gabas). Gilberto Occhi, da cota do PP, é o atual ministro das Cidades – será transferido para a Integração Nacional. O Ministério dos Transportes continuará sob controle do PR, agora sob comando do vereador Antônio Carlos Rodrigues (PR), ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo e suplente da senadora Marta Suplicy (PT-SP).

Futuro ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias chefiou durante sete dos oito anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. À frente da pasta, Patrus foi o responsável pela implantação do programa Bolsa Família.

Eleito neste ano deputado federal pelo PT mineiro, ele passou os últimos quatro anos lecionando na Faculdade Mineira de Direito da PUC-Minas, onde é professor de Introdução ao Estudo de Direito.

Miguel Rosseto, novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, chefiou o Ministério do Desenvolvimento Agrário, pasta que comandou entre 2003 e 2006, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Natural do Rio Grande do Sul, Rosseto, 53 anos, já havia confirmado no último dia 18 que assumiria o Secretária-Geral e afirmou, inclusive, que já havia iniciado o processo de transição com o atual ministro da pasta.

Já Carlos Eduardo Gabas, novo ministro da Previdência Social, comandou a pasta interinamente durante oito meses em 2010, último ano de mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Atualmente, ele é o secretário-executivo da pasta. Servidor de carreira do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gabas foi o primeiro servidor do órgão a se tornar ministro da Previdência Social.

PRECEDENTE– Ao emplacar Charles Ribeiro e Francisco Papaléo no Detran e no Grande Recife Consórcio, antiga EMTU, o secretário de Cidades, André de Paula, ganhou uma pasta de porteiras fechadas, ou seja, indicando do seu grupo pessoal todos os ocupantes do segundo escalão. Paulo Câmara abre um precedente, pois já tem muita gente secretário chiando porque não teve o direito de escolher sua equipe.

Bom exemplo–
  Dos três deputados federais suplentes que terão direito a um mandato de 30 dias, com a posse de Raul Henry como vice-governador e dos parlamentares Danilo Cabral e André de Paula como secretários estaduais, só um se recusou a embolsar R$ 30 mil, passagens e outras mordomias: Edgar Moury Fernandes (PSB).



Sugando sem trabalhar– Moury mandou ofício ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), comunicando sua decisão, segundo ele, “para não sugar os cofres da União”, já que em janeiro o Congresso estará em recesso. Mas os dois outros suplentes – Osvaldo Coelho e Severino Ninho – assumem. Com a renúncia de Moury, assume Bruno Rodrigues, que já disse que quer.

No Pajeú – Paulo Câmara (PSB) fará sua primeira visita ao interior já investido do mandato no próximo domingo em São José do Egito. Participa da festa do centenário do poeta Lourival Batista, avô do poeta Antônio Marinho, a quem Eduardo Campos recorria para fazer o diferencial em atos do seu Governo e na própria mídia institucional.

Alma lavada– O senador Armando Monteiro (PTB) deixa o Senado para assumir o Ministério de Desenvolvimento de alma lava. No ranking da revista Veja sobre os parlamentares mais atuantes desponta em terceiro lugar, enquanto os dois outros pernambucanos – Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB) – aparecem, respectivamente, no 60º e 67º lugares.

CURTAS

SEM MUDANÇA– O presidente da Copergás, Aldo Guedes, deve permanecer no cargo. É a segunda exceção aberta pelo governador eleito Paulo Câmara com a confirmação, primeiro, do presidente da Compesa, Roberto Tavares.

FELIZ 2015– Aos leitores desta coluna, que me acompanham deste quando era publicada em jornais, agradeço as manifestações pelo ano novo e desejo igualmente um grande 2015, repleto de muita paz e saúde.

Perguntar não ofende: Quantos ministros escolhidos por Dilma vão resistir aos efeitos do Petrolão?

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