sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A "NACIONALIZAÇÃO" DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Foto Google


Coluna Fogo Cruzado – Folha de Pernambuco – 3 de agosto
Por Inaldo Sampaio.

Eleição municipal, em tese, gravita em torno de questões locais. A cabeça do eleitor não quer saber de temas como inflação, desenvolvimento econômico, crescimento do PIB, etc. Porque são da competência exclusiva do presidente da República. E sim do lixo que a prefeitura não tirou, do buraco de rua que não foi tapado, da fila no posto de saúde, da má conservação das estradas vicinais, da qualidade das escolas e do ensino públicos, do saneamento, da arborização, da mobilidade, etc.

No entanto, é quase impossível que nos grandes centros o pleito não seja nacionalizado. Além das questões locais propriamente ditas, o eleitor quer discutir também uma série de temas da “agenda nacional”. É o que inevitavelmente ocorrerá em São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza pelos personagens envolvidos na disputa: Lula, Dilma, Serra, Kassab, Alckmin, Aécio Neves, Eduardo Campos e Ciro Gomes, respectivamente. Isso faz com que 2012 seja uma prévia de 2014.

De passagem pelo Rio de Janeiro, anteontem, onde recebeu a medalha Pedro Ernesto, o governador de Pernambuco não demonstrou nenhuma simpatia pela “nacionalização” do pleito, o que poderia levar o PSB ao isolamento. Mas está particularmente interessado no confronto com o PT em Belo Horizonte, no Recife e em Fortaleza para firmar uma posição política. É que, ganhando ou perdendo nessas três capitais, ele sinalizará para o país que o PSB não é e nem será sublegenda do PT.

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