segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Eliezer tinha cheiro de terra molhada

 Eliezer era tudo que já falaram dele nesses dias, mas acrescento ainda, simpático, agradável e valorizava os mais novos que chegavam aos governos em que serviu, tive a oportunidade de conviver com ele no governo do Estado e me tornei um seu admirador. Segue matéria do grande Joel de Holanda, onde fala sobre o amigo que se foi.

Jânio Arruda



Por Joel de Hollanda*



Nesta já prolongada “estação das perdas”, perdi mais um bom amigo. Agora foi a vez de um autêntico sertanejo, alegre, sempre bem-humorado, descontraído e com cheiro de chuva e terra molhada: Eliezer Menezes
Filho de uma família sertaneja numerosa e extremamente humilde, Eliezer construiu, com grande determinação e enorme esforço, uma bela carreira no serviço público e na iniciativa privada.
Técnico fazendário concursado, assumiu, entre outros cargos, o de presidente de SUAPE e de superintendente da SUDENE. Em todos os cargos que ocupou se destacou pela ética, honradez, capacidade técnica e dedicação ao trabalho.
Apaixonado pelas coisas do Sertão, cultivou o seu lado de poeta e repentista nos legando belos e sentidos versos retratando sua infância em Sertânia, Arcoverde e Garanhuns.
Extremamente modesto, tinha uma alma pura e leve como a lã da barriguda, que transporta suavemente sua semente no ar quente do sertão, que ele tanto amava.
Alma também gentil, que nos derradeiros instantes de sua vida deu instruções para a família preservar os amigos em relação aos procedimentos de deslocamento para o cemitério, velório, coroas de flores, somente informando-os após a cerimônia de cremação.
Por tudo isso Eliezer está nos braços do Pai, com certeza contando um dos seus “ causos”.
Aos queridos familiares de Eliezer, lembro o seguinte: aqueles a quem amamos, não morrem nunca!
Saudade, amigo!
*Ex-senador e ex-deputado federal

Todas as reaç

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