Enganação vergonhosa, diz Alckmin sobre insistência do PT em Lula. Tucano atacou estratégia petista de insistir na candidatura do ex-presidente, mesmo após impugnação pelo TSE.
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, em São Bernardo do Campo - Marcos Alves / Agência O Globo
O Globo - Por Luis Filipe Lima
Na cidade que é reduto sindicalista do PT, São Bernardo do Campo, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, atacou neste domingo a estratégia de seus oponentes petistas de insistir na figura de Lula como candidato. O petista e ex-presidente teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter sido condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no processo do triplex. Ficha suja, Lula está inelegível, mas o PT, inclusive no horário eleitoral de rádio e televisão, que estreou neste sábado, insiste em lançá-lo como candidato.
O que estamos vendo aí na televisão pelo PT é enganação. Enganação vergonhosa. Estão escondendo o candidato que efetivamente vai ser candidato - disse ele, para uma plateia de cerca de 5 mil pessoas. - Não se engana o povo. A primeira condição da vida pública é a verdade -acrescentou.
Para o tucano, o PT faz algo "absurdo" ao buscar, de um lado, vitimizar Lula, "que foi condenado", e, de outro, esconder que Fernando Haddad é quem irá encabeçar a chapa, embora atualmente seja apresentado como vice:
— Eles sabem que o Lula não será candidato. O que fazem é tentar artificialmente vitimizar alguém que foi candidato, e de outro lado, esconder o candidato (real). Isso é enganação.
A jornalistas o tucano disse que "não há nenhum ataque" ao seu oponente Jair Bolsonaro (PSL) em sua propaganda eleitoral, que diz que não dá para resolver os problemas do Brasil "na bala".
— Ele (Bolsonaro) que fala. Se é o que ele fala, ele que arque, problema dele - afirmou.
Após o programa eleitoral deste sábado, o primeiro da campanha presidencial, Bolsonaro provocou no Twitter: "Você gostaria que sua filha ficasse sem merenda escolar?", em referência ao escândalo das merendas que afetou a imagem de Alckmin, então governador de São Paulo. Em resposta, o tucano acusou o ex-capitão do Exército de ser "mal informado".
— A questão da merenda aqui, o Estado que apurou junto com o MP, não teve envolvimento de ninguém do governo, nenhum prejuízo. Licitação feita, menor preço e produto entregue. O que havia era estelionatários comandando cooperativa e prejudicando fortemente os cooperados, sendo punidos — justificou.
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