terça-feira, 24 de abril de 2018

Rodrigo Novaes faz projeção de votos para a Alepe


Por: Daniel Leite 

Deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD)Foto: Roberto Soares/Alepe

As incertezas com relação ao cenário político nacional e estadual atrasam os cálculos eleitorais voltados para o preenchimento das 49 vagas na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Porém, nos corredores do Legislativo, algumas projeções começam a tomar forma, influenciadas pelos movimentos das bases de governo e oposição. O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD), por exemplo, já fez o seu palpite e aposta: A oposição sairá mais enfraquecida.

Segundo o parlamentar, a base do governador Paulo Câmara (PSB) deve eleger cerca de 35 deputados. Neste time, estão incluídos os que integrarão a Frente Popular e os que marcharão na chapa liderada pelo PP. O partido, que filiou vários quadros recentemente, como os deputados Antônio Moras (ex-PSDB), Claudiano Martins (ex-PSDB), Joel da Harpa (ex-Podemos), Vinícuis Labanca (ex-PSB), entre outros, já conta com 14 deputados estaduais e pretende conquistar mais de um milhão de votos.

No entanto, de acordo com Rodrigo Novaes, a chapa do PP terminou “inchada” e deve eleger somente entre 10 e 11 parlamentares. “Muita gente da ‘cauda’ da base não vai mais disputar porque tem 14 deputados estaduais de mandato. Então devem enxugar alguma coisa. Mas o PP fez um trabalho muito importante atraindo essas pessoas”, disse.

Para ele, o PSD, que possui nos seus quadros Joaquim Neto, Rodrigo Novaes e Romário Dias, deve manter o número de vagas. O PR, que tem Rogério Leão, deve lançar o filho do deputado Henrique Queiroz como candidato e garantir mais uma cadeira. Pelo Solidariedade, Rodrigo Novaes projeta a eleição da esposa do prefeito de Olinda, Professor Lupércio, Cláudia Cordeiro. Alberto Feitosa também deve garantir mais uma vaga pela sigla.

O PCdoB, por sua vez, decidiu sair de chapa “puro sangue”. Deve lançar o ex-prefeito de Olinda, Renildo Calheiros. Recém-filiado à legenda, o ex-prefeito do Recife, João Paulo, deve disputar uma vaga na Câmara Federal. Mas, caso saia para deputado estadual, deve ampliar a quantidade de cadeiras conquistadas para três, na visão de Novaes.

Nos cálculos de Novaes, o PSC deve fazer cinco deputados, incluindo Manoel Ferreira, pai do deputado André Ferreira, que pleiteia uma vaga no Senado na Frente Popular. O presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, que se filiou recentemente à sigla, também deve se manter no posto. Outra que pode ter sucesso é a ex-deputada estadual Carla Lapa, que pertence a uma das famílias mais tradicionais da Mata Norte e quer voltar ao Legislativo. O vereador de Carpina, Diogo Prado, também tem fortes chances de vencer o pleito. Ele vai fazer dobradinha com o filho de Guilherme Uchoa para deputado federal.

Oposição
Rodrigo Novaes aposta que a oposição reduzirá seu tamanho, caso o PT decida apoiar Paulo Câmara. Hoje, na Alepe, o bloco conta com Álvaro Porto (PTB), Augusto César (PTB), Bispo Ossésio (PRB), Edilson Silva (PSOL), José Humberto Cavalcanti (PTB), Júlio Cavalcanti (PTB), Odacy Amorim (PT), Priscila Krause (DEM), Teresa Leitão (PT), Silvio Costa Filho (PRB), Socorro Pimentel (PTB). Mas o grupo detinha 15 integrantes, antes das migrações partidárias.

Para ele, o PSDB também pode sair prejudicado, já que o deputado estadual Antônio Moraes deixou a sigla para se filiar ao PP. Os tucanos devem lançar a esposa do prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira, Alessandra Vieira. Além disso, podem apostar no marido da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, Fernando Lucena.

“Se o PT for junto com o PSB, a Frente Popular deve eleger entre 18 e 20 deputados. Com os votos do PP, cresce para 30. Juntando com o PSC, que deve garantir cinco vagas, a quantidade de partidos na base deve ir para 35. As chapinhas do PMN e PRTB devem ficar com mais três ou quatro vagas. Então sobra de 11 a 12 cadeiras para a oposição”, afirmou. Entretanto, caso o vereador Marco Aurélio (PRTB) ganhe o pleito, a oposição pode ganhar mais um membro, já que ele é aliado do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), que tenta se cacifar para encabeçar a chapa majoritária oposicionista.

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