Posted By Júlia Molinari
Arrastão do Paço do Frevo, no Recife antigo, comandado pelo bloco Brabos e Valentões, em agosto deste ano – Crédito: Rafael Martins/ DP
Hoje é o Dia Nacional do Frevo e nada mais pernambucano do que esse ritmo que lidera as ruas no Carnaval, considerado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas (Unesco), em 2012. A cada canto, há quem saiba dar uns passos da dança, mesmo que amadores.
O Dia do Frevo é comemorado no dia 14 de setembro – Crédito: Reprodução / Interne
Para quem não sabe, o frevo nasceu entre o fim do século XIX e o início do século XX. O seu nome vem da palavra “ferver” que, popularmente, sua pronúncia se tornou “frever”. E é isto mesmo que ele é: fervura, agitação, rebuliço – combinando elementos da marcha, maxixe e movimentos da capoeira. Em 1908, o Jornal Pequeno usou o termo pela primeira vez.
As sombrinhas são adereços fundamentais para a prática do frevo – Crédito: Roberto Ramos / DP
Na época do pós-abolicionismo, quando surgia uma nova classe operária, também veio a rivalidade entre as bandas militares e os escravos que haviam se tornado livres. Desde então, o frevo veio conquistando, cada vez mais, as pessoas no território pernambucano. Depois, em escala maior, no Nordeste e no Brasil. O colorido das roupas, das sombrinhas e da energia do frevo se disseminou.
Spok lidera a Spok Frevo Orquestra e diversos projetos, como o Instituto Passo de Anjo, que ensina frevo a jovens carentes – Crédito: Blenda Souto Maior / DP
Atualmente, conseguir manter uma tradição é um desafio. Mas, quando se trata de frevo, as pessoas o fazem com prazer. Prova disso são as marchinhas e orquestras ainda existentes na região. Maestro Spok é um dos nomes de destaque que respira o ritmo. “O papel do frevo em Pernambuco é ser uma das fortes identidades da alma do povo. A única música genuinamente brasileira instrumental que nasce da orquestra. Tem uma importância muito grande no mundo da música. É um dos nossos cartões de visita”, afirma o considero embaixador do frevo. Ele ainda lidera o Instituto Passo de Anjo, que ensina frevo a jovens carentes.
Rebeka Barbalhando dando aula de frevo para crianças – Crédito: Arquivo pessoal
Imagem ilustrativa – Crédito: Andréa Rego Barros/PCR
E, para dar continuidade a algo, é preciso que seja ensinado e aprendido. É onde entram as escolas. “O ensino dessa arte é importante para uma perpetuação da alegria que é viver essa dança em suas tantas estâncias”, relata Rebeka Barbalho, de 22 anos. Ela é passista, professora de frevo e bailarina na Criart CIA de dança.
O frevo é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade – Crédito: Rafael Martins / DP
A magnitude do frevo por aqui é incontestável. Está na essência do pernambucano. Pensando nisso, listamos algumas das escolas que lecionam o ritmo. Confira:
Instituto Passo de Anjo
Endereço: Rua São Gonçalo, 108, Boa Vista, Recife – PE
Telefone: (81) 3426-6890
Escola Municipal de Frevo do Recife
Endereço: Rua Castro Alves, 440, Encruzilhada, Recife – PE
Telefone: (81) 3427-1914
Paço do Frevo
Endereço: Rua da Guia, Recife – PE
Telefone: (81) 3355-9500
Balé Popular do Recife
Endereço: Rua do Sossego, 52, Boa Vista, Recife – PE
Telefone: (81) 3266-8392
Escola Viradança
Endereço:
Telefone: (81) 9.9511-1395
Daruê Malungo (projeto social)
Endereço: Peixinhos, Olinda – PE
Telefone: (81) 3444-3455
Criart Cia de Dança
Endereço: Rua Coronel João Manguinhos, 290, Bairro Novo, Olinda – PE
Telefone: 81) 3011-0487
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