domingo, 23 de julho de 2017

No corpo a corpo



Postado por Magno Martins



Por Diario de Pernambuco

De Marisa Gibson na sua coluna DIARIO POLÍTICO deste domingo:



Esse é um palanque que não se perde. Na terça-feira, o governador Paulo Câmara (PSB) e o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), estarão no corpo a corpo com prefeitos do estado na abertura do 4° Congresso Pernambucano de Municípios, sob o comando do presidente da Amupe, José Patriota (PSB), prefeito de Afogados da Ingazeira. O tema central do encontro é a cidade que precisamos, mas isso é secundário. O que interessa mesmo, além das promessas, é o abraço, o aperto de mão, o olho no olho, motivos de sobra para Bruno Araújo ter adiado o lançamento do Cartão Reforma, que aconteceria em Caruaru, na terça-feira.

Bem, prefeitos são a massa que modela candidaturas e vitórias. Não é à toa que, a cada eleição municipal, os partidos costumam enfatizar o número de prefeitos conquistados pela sigla, assim como o crescimento da legenda. Nessa conta, o PSB é o campeão. O partido de Paulo Câmara tem 68 prefeituras no interior, sem contar com os aliados que integram a Frente Popular, e é dono da cereja do bolo, a Prefeitura do Recife. Isso garante muitos aplausos ao governador na Amupe, entidade onde o PSB também manda.

O PSDB de Bruno Araújo, comparando com o PSB, é raquítico. Os tucanos controlam apenas 13 prefeituras. Mas, em compensação, o Ministério das Cidades é um chamariz e está presente, em praticamente, todos os municípios brasileiros. Candidato à reeleição, Paulo Câmara está em campanha há muito tempo e conduz a chapa do partido hegemônico no estado. Já o ministro Bruno Araújo, lembrado como alternativa por grupos de oposição, ainda está patinando nas articulações na medida em que é ligado ao Governo Temer, cuja continuidade é incerta e não sabida. Agora, todo cuidado é pouco: da mesma forma que engrossam fileiras em torno de um candidato a governador, prefeitos batem em retirada com a maior tranquilidade se houver um fato novo que ameace o palanque em questão. Às vezes, basta apenas uma queda nas pesquisas.

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