segunda-feira, 1 de maio de 2017

Da Coluna de Inaldo Sampaio


Grito das ruas não vai influenciar os congressistas
Postado  por Inaldo Sampaio

Coluna Fogo Cruzado
A greve geral da última sexta-feira nem foi o “fiasco” definido pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, nem levou 200 mil pessoas às ruas do Recife como avaliou a CUT-PE. Ela serviu para marcar posição contra as reformas trabalhista e previdenciária, mas nem de longe se compara às manifestações que antecederam o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Por isso mesmo, não influenciará o voto dos congressistas indecisos. A trabalhista já foi aprovada pela Câmara e deverá passar também pelo Senado apesar da posição contrária do líder peemedebista Renan Calheiros. E a previdenciária vai depender da capacidade de articulação do atual governo. Deputados e senadores têm consciência de que essa reforma é indispensável à sobrevivência do sistema, mas muitos não querem votar a favor temendo perda de votos em 2018. Se ela for derrotada, portanto, a causa terá sido as eleições e não a greve do último dia 28.

Se a reforma previdenciária for rejeitada, terá sido por causa das eleições de 2018 e não da greve da última sexta-feira

À disposição dos pernambucanos

Do ponto de vista ético, nunca houve na história do Brasil um Congresso tão desmoralizado quanto o atual. Caberá ao eleitor, em 2018, optar pela reeleição de todos ou pela mudança. Em Pernambuco, o ex-governador Joaquim Francisco (PSDB), reconhecidamente um “ficha limpa”, vai se colocar no páreo como candidato a deputado federal. Será uma opção pela mudança.

À disposição – O ex-governador João Lyra Neto (PSDB) também avalia a possibilidade de disputar um mandato eletivo nas próximas eleições. É outro “ficha limpa” que deverá estar à disposição dos pernambucanos ou como candidato a senador ou a uma vaga na Câmara Federal.

Posse – Está marcada para amanhã a posse de Célia Sales (PTB) como nova prefeita de Ipojuca. Ela foi uma guerreira na campanha, mas seu grande cabo eleitoral foi mesmo o marido, Romero, que ganhou a eleição em outubro passado, mas não levou. Romero se preparou para ser prefeito desde quando, como vereador, era a única voz da oposição na Câmara Municipal.

Recorde – Amigo do advogado José Paulo Cavalcanti Filho há 30 anos, o ministro Edson Fachin (STF) deu-lhe ciência de que julgou 8 mil processos em 2017. Considerando-se que o ano tem 52 semanas, e que o STF reúne-se apenas as terças, quartas e quintas, o ministro teria julgado nos 156 dias de funcionamento da Corte (sem contar sábados, domingos, feriados e o recesso judiciário), 51,2 processos/dia.

1º maio – Foi-se o tempo em que o povo brasileiro ficava em casa, em 1º de maio, para ouvir o discurso do presidente da República em homenagem ao Dia do Trabalhador. Isso acontecia no governo do presidente Getúlio Vargas. Hoje, quem quer ouvir a fala de Michel Temer?

Acefalia – O Conselho de Ética do PSB está acéfalo desde que o seu presidente, Antonio Campos, desligou-se do partido. Daí não haver previsão para instalação de processo ético-disciplinar contra os 16 deputados federais que votaram a favor da reforma trabalhista, desobedecendo à orientação partidária.

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