quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Da Coluna de Inaldo Sampaio

Não tem sentido o PT deixar de existir
Postado por Inaldo Sampaio

Coluna Fogo Cruzado – 10 de agosto

O ministro Gilmar Mendes negou ontem que tivesse defendido o cancelamento do registro do PT no TSE pelo fato de o partido ter recebido dinheiro de “caixa dois” em suas últimas campanhas eleitorais. Foi oportuno o esclarecimento, pois a notícia foi dada com destaque no final de semana e alvo de protestos de vários petistas, entre os quais a deputada Teresa Leitão, candidata a prefeita de Olinda nas próximas eleições. Se o PT tem lá os seus pecados que seja punido pelo eleitor, nas urnas, e não com a cassação do seu registro. Mesmo porque dinheiro “não contabilizado” para suas campanhas quase todos os partidos receberam. Aliás, por falar em punição ao PT, o partido tem menos candidatos a prefeito este ano (1.135) do que teve em 2012 (1.759). Isso é reflexo do mensalão, da Lava Jato e do impeachment de Dilma. Mas é bom para a democracia que o partido continue existindo, mesmo eleitoralmente fragilizado.

É bom para a democracia que o PT continue existindo, mesmo eleitoralmente fragilizado

O conselho político do PT

João Paulo (PT) convidou 30 pessoas para o conselho político de sua campanha. Elas representam os cinco partidos de sua coligação, movimentos sociais e instituições públicas. Esse tipo de colegiado funciona bem em campanha eleitoral, mas depois que o governante toma posse costuma cair no esquecimento. O argumento é que não dá para consultar 30 pessoas de diferentes segmentos para tomar uma decisão.

Armação – A chapa da Frente Popular em Gravatá – o vereador João Paulo (PSB) para prefeito e seu colega Fernando Resende (PR) para vice – foi armada pelos deputados Waldemar Borges (PSB) e Sebastião Oliveira (PR). Ambos chegaram à conclusão de que era preciso juntar forças para enfrentar o favorito Joaquim Neto (PSDB).

Escolha – Após várias rodadas de conversa, as oposições de Triunfo escolheram o advogado William Terto (PV) para disputar a prefeitura contra o também advogado João Batista Rodrigues (PR).

Força – O repentino crescimento da campanha de Izabel Urquiza (PSDB) à prefeitura de Olinda só tem uma explicação: a força política de sua genitora, Jacilda, que foi prefeita e deputada estadual.

Palanque – Candidato das oposições à prefeitura de Serra Talhada, Victor Oliveira (PR) e seu vice, Marquinhos Dantas (SD), conseguiram juntar 12 partidos para enfrentar o prefeito Luciano Duque (PT).

O fico – O prefeito de Camaragibe Jorge Alexandre (PSDB) pensou em desistir da reeleição para cuidar dos seus negócios (é empresário). Mas recebeu apelo dramático dos vereadores do seu grupo, do deputado Vinicius Labanca (PSB), do ministro Bruno Araújo (Cidades) e de “gente do povo”, e resolveu voltar atrás.

Reação – Adilson Gomes Filho, o “Dilsinho” (PSB), prefeito de Moreno que não quis concorrer à reeleição, começa a notar “forte rejeição” dos eleitores à união dos ex-prefeitos Vavá Rufino (PTB) e Edward Bernardo (PSDB). Ambos brigaram durante 30 anos e agora se juntaram para enfrentar Patrícia Brasil (PSB).

Voto – Era falsa a suposta “indefinição” do senador Cristovam Buarque (PPS-DF) na votação do impeachment de Dilma Rousseff. Ele de fato fica incomodado com a pecha de “golpista”, mas não tinha nenhum outro motivo para estar ao lado dela. Foi demitido por Lula (do MEC), pelo telefone, foi um duro crítico dos governos petistas e sempre colocou a ética em 1º lugar. Em troca de quê votaria pela saída de Michel Temer?

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