quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Da coluna de Inaldo sampaio.


  
João Lyra, ainda PSB
 
 
 
 
 
Postado  por Inaldo Sampaio

Coluna Fogo Cruzado – 

A executiva nacional do PSB já tem votos suficientes para aderir à tese do impeachment da presidente Dilma Rousseff

O PSB cansou de ser “independente” em relação ao governo federal e já teria os votos necessários para empurrar Dilma para o precipício. A bancada federal se reuniu na semana passada e decidiu por ampla maioria engrossar o coro das oposições, capitaneadas pelo PSDB, PPS, DEM e Solidariedade, em defesa do impeachment da presidente. A oficialização da posição do partido, entretanto, tem que ser tomada pela direção nacional e segundo o presidente Carlos Siqueira já há quórum suficiente para deliberar nessa direção. Dos 41 membros da executiva, 27 seriam a favor do impeachment, sete contra e oito estariam indefinidos. O governador Paulo Câmara é contra, mas hoje minoritário no colegiado. Ele precisa ser mais cauteloso que os que detêm mandato parlamentar, pois não se governa um Estado pobre como Pernambuco sem o mínimo de ajuda do governo federal. Será voto vencido, mas não aderirá.

A procrastinação da crise

O prefeito Elias Gomes (Jaboatão) tem chamado a atenção do seu partido (PSDB) para as consequências do afastamento de Dilma por um processo de impeachment: assumirá o vice Michel Temer, cercado por Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Romero Jucá, José Sarney e outros peemedebistas do mesmo quilate. Para não “procrastinar” a crise, diz o prefeito, a saída seria o parlamentarismo e um governo de “união nacional” integrado inclusive pelo PT.

Convite – O ex-governador João Lyra Neto desinteressou-se pelo PSB ainda que o controle do partido, em Caruaru, fique sob o comando da filha, Raquel Lyra. Ele aceitou convite de Aécio Neves para se filiar ao PSDB e já recebeu do senador uma missão política de alta relevância: levantar dados econômicos sobre o Nordeste para o plano de governo que apresentará em 2018.

Guloso – O ministro Gilberto Kassab (Cidades) está sendo chamado no Congresso de “guloso”, pois ja tem um partido pra chamar de seu (PSD) e deseja recriar o PL com a mesma finalidade.

Pedido – Como diz Ciro Gomes, é triste saber que no Brasil o pedido de impeachment de Dilma Rousseff depende, para tramitar, da vontade de uma só pessoa: Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Troca – Após 28 anos de militância no PDT (quase o mesmo tempo do prefeito de Caruaru, José Queiroz), o deputado Heitor Férrer (CE) deixará o partido amanhã para se filiar ao PSB.

Vivo – Apesar do brutal desgaste do PT e da gigantesca impopularidade de Dilma Rousseff, o ex-prefeito do Recife, João Paulo, aparece em algumas pesquisas liderando a corrida eleitoral pela prefeitura do Recife. No entanto, como se encontra confortavelmente instalado na superintendência da Sudene, ele quer jogar a bola para Mozart Sales.

Carta – Por meio de carta muito elegante, o secretário Sérgio Xavier (Meio Ambiente) desligou-se do PV para se filiar à Rede. Ele conta que fez aliança com o PSB em 2010, após ter sido derrotado por Eduardo Campos, sem fisiologismo. Apresentou um programa com 15 itens e o então governador aceitou todos. O PMDB nacional deveria inspirar-se nele.

Prazo – Emenda de autoria do deputado Rodrigo Novaes (PDS) fixou em quatro anos o prazo de validade do “pacote fiscal” de Paulo Câmara. É bom para o contribuinte saber por quanto tempo pagará mais impostos, mas no Brasil, infelizmente, as coisas não funcionam assim. Vide o exemplo da CPMF. Nasceu em 1993 como “imposto provisório”, depois virou “contribuição” e sobreviveu a três governos: Itamar, FHC e Lula. Até ser extinto em 2007.

Morte – Fãs de Gláuber Rocha lotaram o cinema da Fundação Joaquim Nabuco (27/9) para assistir ao filme de Geneton Moraes Neto sobre a trajetória política do cineasta baiano. De origem esquerdista, ele foi vítima das “patrulhas ideológicas” na década de 70 por ter chamado o general Golbery do Couto e Silva de “gênio da raça” e acreditado que o general Geisel levaria o Brasil à democracia. Para alguns, as “patrulhas” o assassinaram.

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