sexta-feira, 20 de março de 2015

Bruno Martiniano afirma que expulsão do PTB será “cômoda”


Publicado por Márcio Didier


(Foto: Marina Mahmood/Arquivo FohaPE)

Notificado pela Executiva estadual do PTB para apresentar defesa no processo de expulsão por infidelidade, por ter apoiado Paulo Câmara (PSB) ao Governo do Estado nas eleições do ano passado, quando o partido tinha candidato, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), o prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano, afirmou que se for expulso da sigla “será mais cômodo” para ele.

Alegando não ter mudado de lado, por ter sido eleito pela Frente Popular, o prefeito ressaltou que tinha uma dívida com o ex-governador Eduardo Campos (PSB) – morto em um acidente aéreo em agosto passado –, pelo que ele fez pelo seu município.

“Eduardo fez muitas coisas pela nossa cidade. Fez uma UPA, deu início ao teleférico, as obras da PE-78, que liga o município a Passira… Não podia ficar contra isso. Agora, se o PTB me expulsar é porque não me quer mais lá. Fica mais cômodo pra mim”, explicou o prefeito, que disse ter recebido a notificação do seu processo na última sexta-feira (13).

De acordo Martiniano, se a legenda trabalhista for colocar os gestores que apoiaram Paulo Câmara para fora – “são mais de 30” -, vai acabar com o partido.

Mesmo ainda sem uma definição sobre o seu futuro no partido, o prefeito garante já ter recebido o convite de pelo menos cinco legendas, e que vai tratar com Paulo Câmara e com o vice-governador, Raul Henry (PMDB), o seu destino partidário.

Alega, no entanto, que não deve ser o PSB, pois a legenda está dividida em três bandas no município. Indagado se o caminho será o PMDB, como se tem falado nos bastidores, disse apenas que “pode ser”. “Mas ainda tenho muito prazo. Tenho até o final de setembro para resolver isso”, explicou.

Sobre a possível candidatura do líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Waldemar Borges (PSB), à prefeitura, o prefeito não aparentou desconforto. “Ele é líder do Governo, tem outras atribuições. Mas se ele for não tenho medo”, finalizou o ainda petebista.

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