sábado, 31 de janeiro de 2015

Da coluna de Magno Martins


Coluna do sabadão

Postado por Magno Martins
Avulsos só prosperam na traição

Em eleição para composição de mesas diretoras no Legislativo há uma praxe entre os partidos: o cumprimento do acordo na votação nos candidatos oficiais. Com isso, dificilmente quem se aventura em candidaturas avulsas têm chances de virar o jogo, a não ser que os deputados traiam.

Para trair, no caso dos deputados governistas, o preço tende a sair caro. No PSB, partido majoritário na Casa, com 15 representantes, o nome oficial para a Primeira-Secretaria é o do ex-prefeito do Cabo, Lula Cabral, mas Diogo Moraes está correndo por fora, ameaçando registrar sua candidatura avulsa.

Tem alguma chance? O voto é secreto, é verdade, mas se a própria bancada do PSB não seguir a orientação do partido quem ficará mal na fita será a cúpula socialista e por tabela o governador Paulo Câmara. Diz uma peça teatral que para trair basta apenas coçar.

No caso de um governo em início, poucos têm coragem de coçar, porque o risco de ser tratado a pão e água ao longo dos quatros anos é realíssimo. Uma candidatura avulsa saindo de qualquer partido por falta de consenso pode ser até natural, mas da legenda oficial, que está com a caneta na mão, é grave.

Grave porque expõe profundamente o governador, cria um clima de instabilidade e desconfiança, abrindo um precedente grave para derrotas em matérias de interesse do Governo. Diogo tem esta força aparente para desafiar o seu partido e o governo? Evidentemente que não.

NA CORTE– Devido ao congestionamento nos voos para Brasília, praticamente toda a bancada pernambucana já está na capital desde ontem, para a posse do novo Congresso amanhã. Os novatos fizeram os procedimentos de praxe, como a criação de senha e o treinamento da votação no painel eletrônico, como o tucano Daniel Coelho, que, entusiasmado, postou uma imagem nas redes sociais testando a sua senha.

O pepino é estadual– 
Na audiência com o ministro dos Transportes, quinta-feira passada, em Brasília, o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento) e o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, não colocaram em pauta a precária situação da BR-232 porque, segundo Humberto, a estrada é da inteira responsabilidade do Estado. E agora, José?

Derrota à vista – Dilma pode jurar que não, mas é senso comum que seu Governo está empenhado em eleger Arlindo Chinaglia para presidir a Câmara. Se o petista perder, a presidente sofrerá sua primeira derrota. Não é novidade a rejeição do candidato do governo. Em 2001, Aécio Neves derrotou o candidato do governo FH, Inocêncio Oliveira. Em 2005, Severino Cavalcanti venceu o candidato do governo Lula, Luiz Greenhalgh.

Azarão sem chances– Aliado do candidato do PMDB à Presidência da Câmara, o deputado não acredita que o socialista Júlio Delgado (MG) se transforme no azarão da eleição para renovação da mesa diretora no próximo domingo. “Apesar do esforço do PSDB, Júlio Delgado é vítima da migração para o voto útil. Ele já não é aquele candidato que disputou contra Henrique Alves”, observou.

Tratamento Vip– 
Em Brasília desde ontem, para tomar posse como mandato federal amanhã no Congresso, o secretário estadual de Turismo, Felipe Carreras, procurou o ministro Juca Ferreira para tratar de assuntos relacionados ao Estado e sentiu que Pernambuco será bem tratado. “Senti que o ministro vai investir bastante no turismo no Nordeste, especialmente em Pernambuco”, afirmou.

CURTAS

LICENÇA– Dos 25 deputados da bancada federal que tomam posse amanhã, quatro se licenciam imediatamente para o secretariado de Paulo Câmara: Sebastião Oliveira (PR), Felipe Carreras (PSB), Danilo Cabral (PSB) e André de Paula (PSD). Mas todos terão direito a votar na eleição da mesa diretora.

RENÚNCIA– O vereador Raul Jungmann, da bancada do PPS no Recife, renuncia ao mandato na próxima segunda-feira para tomar posse como deputado federal. Como suplente, assume o mandato porque Paulo Câmara convocou quatro federais para o secretariado.

Perguntar não ofende: Dilma será derrotada na eleição da mesa diretora da Câmara dos Deputados?

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