Câmara nega posto de herdeiro político de Campos
Publicado por Branca Alves
"Eduardo estava num patamar acima", disse (Foto: Reprodução/UOL)
Apesar de ser tratado como herdeiro político do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo em agosto deste ano, o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), negou o posto. Segundo o futuro gestor, Campos estava acima do partido. As declarações foram dadas em entrevista ao programa “Poder e Política”, do portal de notícias UOL.
“Eduardo era uma pessoa que estava acima do partido. Já tinha tomado uma dimensão nacional. Eduardo estava num patamar acima. O desafio do partido é construir, dentro de um colegiado, pessoas que possam, juntas, chegar ao mesmo tamanho que Eduardo chegou”, disse.
O socialista também foi questionado se os integrantes da família Campos têm interesse de entrar na vida pública. Segundo ele, tanto a viúva, Renata, como os filhos ainda estão em processo de recuperação. “Mas a gente vê muita vontade de continuar o legado que Eduardo iniciou. Tenho certeza que a família Campos vai honrar muito o legado que Eduardo deixou e vai contribuir muito com Pernambuco e também com o Brasil”, afirmou.
Paulo Câmara também comentou sobre as críticas do PT durante as eleições deste ano. Para ele, a atitude fez parte do jogo. No entanto, em sua avaliação, “passou mais do tom do que deveria, em muitos casos, tanto no primeiro quanto no segundo turno”. “Mas a gente não pode jogar pedra em ninguém”.
O governador eleito também afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem “toda a liberdade” para escolher sua equipe. “É sempre bom ter um ministro pernambucano, um ministro que conheça os problemas do nosso Estado e os desafios do futuro”, declarou sobre a nomeação do senador Armando Monteiro Neto (PTB) a ministro. O petebista disputou o Governo de Pernambuco contra o socialista e ficou em segundo lugar.
Câmara disse ainda não ter tido a oportunidade de conversar com o parlamentar, mas afirmou que o petebista já se mostrou disposto ao diálogo, “como eu também estou aberto ao diálogo”.
O socialista ainda foi questionado se acredita que o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), deve disputar a reeleição em 2016. “É possível. Geraldo tem uma trajetória muito parecida com a minha. Nós somos do Tribunal de Contas, tivemos a oportunidade de ser secretários de Eduardo. Geraldo disputou sua primeira eleição e vem fazendo bem para o Recife, vem conseguindo melhorar a vida da população. Ele vai ter legitimidade em 2016 para pensar e refletir no que ele vai querer. Mas Geraldo pensa como eu, também só vai discutir essas questões em 2016”, disse.
Publicado por Branca Alves
"Eduardo estava num patamar acima", disse (Foto: Reprodução/UOL)
Apesar de ser tratado como herdeiro político do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo em agosto deste ano, o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), negou o posto. Segundo o futuro gestor, Campos estava acima do partido. As declarações foram dadas em entrevista ao programa “Poder e Política”, do portal de notícias UOL.
“Eduardo era uma pessoa que estava acima do partido. Já tinha tomado uma dimensão nacional. Eduardo estava num patamar acima. O desafio do partido é construir, dentro de um colegiado, pessoas que possam, juntas, chegar ao mesmo tamanho que Eduardo chegou”, disse.
O socialista também foi questionado se os integrantes da família Campos têm interesse de entrar na vida pública. Segundo ele, tanto a viúva, Renata, como os filhos ainda estão em processo de recuperação. “Mas a gente vê muita vontade de continuar o legado que Eduardo iniciou. Tenho certeza que a família Campos vai honrar muito o legado que Eduardo deixou e vai contribuir muito com Pernambuco e também com o Brasil”, afirmou.
Paulo Câmara também comentou sobre as críticas do PT durante as eleições deste ano. Para ele, a atitude fez parte do jogo. No entanto, em sua avaliação, “passou mais do tom do que deveria, em muitos casos, tanto no primeiro quanto no segundo turno”. “Mas a gente não pode jogar pedra em ninguém”.
O governador eleito também afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem “toda a liberdade” para escolher sua equipe. “É sempre bom ter um ministro pernambucano, um ministro que conheça os problemas do nosso Estado e os desafios do futuro”, declarou sobre a nomeação do senador Armando Monteiro Neto (PTB) a ministro. O petebista disputou o Governo de Pernambuco contra o socialista e ficou em segundo lugar.
Câmara disse ainda não ter tido a oportunidade de conversar com o parlamentar, mas afirmou que o petebista já se mostrou disposto ao diálogo, “como eu também estou aberto ao diálogo”.
O socialista ainda foi questionado se acredita que o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), deve disputar a reeleição em 2016. “É possível. Geraldo tem uma trajetória muito parecida com a minha. Nós somos do Tribunal de Contas, tivemos a oportunidade de ser secretários de Eduardo. Geraldo disputou sua primeira eleição e vem fazendo bem para o Recife, vem conseguindo melhorar a vida da população. Ele vai ter legitimidade em 2016 para pensar e refletir no que ele vai querer. Mas Geraldo pensa como eu, também só vai discutir essas questões em 2016”, disse.
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