domingo, 26 de outubro de 2014

DIFERENÇAS REGIONAIS

Por Flaviano Porcino

A frase pronunciada pelo Drº Alexandre Rands Barros, em seu mais recente livro “Desigualdades Regionais no Brasil” remetepara cada um de nós, algo de foro intimo, cujo proposito leva-nos a uma reflexão que é necessária, sobretudo, neste período eleitoral, “A Educação é o único determinante do atraso relativo da região”, ou seja, os investimentos na área são em si essenciais para o desenvolvimento e correção das diferenças regionais.

Quando outorgamos parte desse poder que está em nossas mãos, digo nas do eleitor, estamos diretamente atribuído aos nossos representantes legais nas mais diversas esferas,Federal, Estadual ou Municipal uma importante missão para minorar os graves e latentes problemas que a sociedade vivencia em seu cotidiano, em setores estratégicos que ao longo de sucessivas eleições tem se tornado um tripé para a exploração da marquetagem política tais como: Saúde, Educação, Segurança Pública, como se outras importantes demandas sociais ficassem em ultimo ou em plano algum.

O fato é que os governos pós redemocratização contribuíram na medida de suas possibilidades para que essa mesma sociedade pudesse nos dias atuais, presenciar certos melhoramentos, desde o governo Itamar Franco com o lançamento dos alicerces para a estabilização da moeda, seja de igual modo, no governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso com facetas incorrigíveis, que passamos a elencar como as metas do superávit primário, o câmbio flutuante e a importante LRF( Lei de Responsabilidade Fiscal), que em sua essência preconiza, que os governos não devem gastar de forma desregrada os nossos recursos, investindo no que é estritamente necessário.

É necessário fazer o reconhecimento que essas ações supramencionadas foram imprescindíveis para a própria ampliação dos programas de distribuição de renda hoje existentes, cujo arcabouço veio do Cadastro Único, e felizmente o governo do ex-presidente Lula teve a maestria ao unificar todos os programas num único, o Bolsa-família e como sabemos da salutar vontade do ser humano em progredir, faz-se necessário a subida para outros degraus.

A ajuda governamental é importante e necessária, pois estamos sujeitos a muitos revezes da vida, no entanto, ao longo dos anos, muitos desses beneficiários ficaram acomodados, olhando no horizonte o céu de brigadeiro, e de braços cruzados a esperar aquela quantia que mensalmente é creditada em suas contas, que por justeza é constitucional embora ache que em si deva provocar na pessoa a vontade de não de se conformar em ter o peixe à mão, mas galgar novas perspectivas para a sua vida.

Mas a ideia que abordamos na parte inicial faz menção a Educação, e é nela que os nossos governantes devem mirar para reduzir essas diferenças regionais e da própria América Latina já nossos indicadores na área são pífios, e somente com maciços investimentos e supervisão técnica de entidades sérias, é que poderemos vislumbrar esses melhoramentos cujos resultados são colhidos no médio e longo prazo, as nações que tiveram destaque em âmbito global, foram justamente as que investiram em Ciências Exatas, Tecnologia e afins, as quais devemos nos espelhar.

Esperamos que todas as promessas atinentes à Educação pronunciadas pelos candidatos a presidência da República sejam implantadas, com um currículo que atenda as necessidades exigidas pelo setor empregador, visando à qualificação do aluno e a valorização do professor, pois somente assim figuraremos num patamar de destaque, este sim um sonho dos que querem um Brasil melhor para os seus cidadãos.


* Flaviano Porcino é acadêmico de Direito

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