quarta-feira, 30 de julho de 2014

TROCA DE FARPAS MARCA DEBATE AO SENADO

Publicado por Branca Alves


Debate foi promovido pelo Clube de Engenharia de Pernambuco e pela Associação de Empresas de Planejamento e Consultoria Empresarial do Nordeste (Foto: Rafael Medeiros/Divulgação)

Enquanto o candidato a senador pela coligação Pernambuco Vai Mais Longe, deputado federal João Paulo (PT), considerou produtivo o debate desta terça-feira (29), seu principal opositor, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), da Frente Popular, avaliou que sua participação do evento foi vitoriosa. O debate foi promovido pelo Clube de Engenharia de Pernambuco e pela Associação de Empresas de Planejamento e Consultoria Empresarial do Nordeste (Assemp), num hotel na Ilha do Leite.

O confronto foi mediado pelo vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco, Chico Carlos, e contou, ainda, com a presença da candidata ao Senado pelo PSOL, Albanise Pires.

Casa postulante teve 20 minutos para fazer suas apresentações, definidas por sorteio. João Paulo foi o primeiro a se apresentar ao público e disse que sua candidatura “é fruto de um projeto iniciado há 44 anos de luta política”. “Faço parte de um projeto que garantiu uma revolução social no Brasil; primeiro, com Lula e depois com Dilma”, acrescentou o petista.

No debate, foram tratados diversos assuntos, como reforma tributária, papel de senador, gestão do PT na Prefeitura do Recife e as parcerias entre os governos Federal e estadual.

Na ocasião, João Paulo ressaltou que, quando esteve à frente da PCR, defendeu uma política fiscal para administração do município e que, como deputado, vem fazendo o mesmo desde o início da atual legislatura. “A reforma tributária só não aconteceu ainda porque estados que concentram mais riquezas não deixam”, declarou.

O ex-ministro Fernando Bezerra Coelho foi o segundo a falar. “Me apresento como representante da Frente Popular, que tem história de Pelópidas Silveira e Miguel Arraes. Nos últimos sete anos tivemos Eduardo Campos como governador e Pernambuco pôde avançar muito em todas as áreas. Mas sabemos que podemos ir além e por isto fui convocado para esta disputa”, afirmou.

Bezerra Coelho recebeu cerca de 20 perguntas do público, número semelhante ao de João Paulo. Já Albanise Pires foi questionada por 10 pessoas.

Ele foi perguntado em temas como a atuação no Ministério da Integração Nacional, a candidatura própria de Eduardo Campos, colocação de cisternas e educação. As respostas foram separadas em blocos de acordo com cada assunto.

“Defendemos a candidatura de Eduardo Campos porque o Brasil precisa fechar um ciclo, quebrar a polarização que existia. Eduardo é o mais preparado para liderar o País nesta nova etapa”, disse.

João Paulo, por sua vez, foi questionado sobre os 12 anos do PT à frente da Prefeitura do Recife, de João da Costa (PT), seu sucessor, assim como sobre a Finatec – Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos, ligada à Universidade de Brasília (UNB), para serviço de consultoria de gestão. Sobre João da Costa, o postulante ao Senado disse que ele era o candidato mais competitivo.

Ao final, cada participante teve direito a cinco minutos. O candidato petista destacou que política não se faz apenas na campanha eleitoral. “Campanhas políticas são muito tensas, mas o período eleitoral passa e precisamos de diálogo permanente”, ressaltou.

Bezerra Coelho fechou o debate e fez um comparativo entre a gestão petista e o primeiro ano do governo Geraldo Julio (PSB) no Recife. “Em 2013, Geraldo já investiu 529 milhões, mais que João Paulo nos primeiros quatro anos, que investiu 474 milhões. Em 12 anos deixaram apenas 35% do Recife saneado. Entreguei Petrolina, em 2007, com 85%. Isto mostra que a principal diferença entre nós é a capacidade de realizar, de tirar as ações do papel”, finalizou.

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