segunda-feira, 30 de junho de 2014

O RECIFE BATALHA PELO SEU CÉU

Enviado por Ricardo Noblat -


María Martín, El País

Eram cinco da manhã, de 17 de junho, quando da varanda do seu prédio, no bairro histórico de São José, no Recife, Evelyn Ribeiro, de 35 anos, viu vários ônibus repletos de agentes e a cavalaria da Polícia Militar cercando a sua rua. “Era um efetivo enorme, pensei que fosse alguma comitiva da FIFA, mas logo lembrei do Ocupe Estelita”.

A missão da polícia, com um mandado de reintegração de posse nas mãos, era despejar ocupantes de um terreno vizinho, o Cais José Estelita, onde dezenas de estudantes, professores, arquitetos, artistas e advogados haviam construído um acampamento. As barracas, assim como os shows, festas, aulas, oficinas e assembleias do local, representavam a oposição a um gigantesco e polêmico empreendimento imobiliário.

Após horas de luta, os policiais encurralaram e ‘limparam’ o local que em seguida foi blindado pelas construtoras responsáveis do projeto Novo Recife, um mega-condomínio de 12 torres de 40 andares à beira da Bacia do Pina, questionado judicialmente em cinco processos.



Atividades no acampamento do Ocupe Estelita - Foto: Eric Gomes

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