segunda-feira, 19 de maio de 2014

VOTOS DO NORDESTE COBIÇADOS NA CORRIDA PRESIDENCIAL

Do Diario de Pernambuco - Aline Moura

Poucos ainda sonham com trechos da música Nordeste Independente, que chegou ao auge nos anos 1980 na voz da intérprete Elba Ramalho. O verso que dizia Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente ficou na saudade daquela geração. A região, contudo, não perdeu importância no jogo do poder. Ao contrário, ganhou relevância ao ajudar nas três últimas vitórias do PT para a Presidência da República, sendo roteiro indispensável dos presidenciáveis e aliados.

O tempo mostrou que ignorar um celeiro de 38,1 milhões votos, perdendo apenas para o Sudeste, não é apenas um risco, mas um erro de estratégia. Por isso os afagos no eleitorado, como aconteceu na semana que passou, quando o ex-presidente Lula, Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) cumpriram agendas na Bahia, no mesmo dia, dividindo a atenção no maior colégio eleitoral do Nordeste e quarto do Brasil. Só na semana passada, para se ter uma ideia, a presidente Dilma Rousseff (PT) visitou quatro estados nordestinos, incluindo Pernambuco.

A diferença desta eleição no Nordeste, contudo, é que o PT não parece ser tão favorito como antes. Dilma sofreu desgastes quando veio em Pernambuco e levou vaias em João Pessoa (PB) na sexta-feira, dois estados governados pelo PSB. Um sinal de que os adversários estão se municiando.

Mesmo sendo o menos conhecido do eleitor, Eduardo conseguiu montar palanques próprios em seis dos nove estados nordestinos – Bahia, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Alagoas e Sergipe. O PT possui apenas dois nomes: Bahia e Piauí. Enquanto o PSDB tem seu DNA na Paraíba e em Alagoas.

Armas
Tucanos dizem, em reserva, que quantidade não é qualidade e os petistas repetem o mesmo discurso, sendo de forma reservada, para não mostrar as armas aos adversários antes do tempo. Um cacique nacional do PSDB lembrou que, mesmo sem ter o número de pré-candidatos do PSB, os tucanos saem com peso nos estados de Sergipe, Bahia e Maranhão, além de Alagoas e Paraíba, havendo prognóstico parecido do PT nesses mesmos estados.

Já os socialistas vêm apostando em nomes novos como pré-candidatos ao governo, a maioria estreante em disputas majoritárias. Mas eles lembram que, apesar da força que o PMDB vai dar a Dilma na região, com pré-candidaturas em pelo menos seis estados, nenhuma delas promete amor eterno. 
DO BLOG DE MAGNO MARTINS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário