Josias de Souza
Dilma Rousseff discursou para uma plateia de investidores neste sábado. Deu-se na abertura da reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento, que acontece num resort elegante da Bahia. Insinuou que seus críticos fabricam tempestades para atrapalhar sua bonança.
“Não nos abalaremos com julgamentos apressados e com conclusões precipitadas que a realidade desmentirá”, disse Dilma. “Em economia, a realidade dos fatos sempre se impõe.” Para ela, há um quê de oportunismo eleitoral no ar: “Em alguns momentos, interesses políticos podem obscurecer a visão dos fatos”, Dilma acrescentou, antes de informar que seu governo “continuará a agir para manter o país no rumo certo”. Beleza.
Agora, só falta definir o que é o “rumo certo”, para orientar melhor o debate. Afinal, “rumo certo” é o que leva ao lucro extraordinário dos bancos ou ao contacheque mixuruca da “nova classe média”? O “certo” é aquela Standard & Poor’s que concedeu o ‘grau de investimento’ ao Brasil de Lula ou é essa S & P que acaba de rebaixar a nota do Brasil de Dilma de ‘BBB’ para ‘BBB-’?
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