domingo, 8 de setembro de 2013

NUNCA MAIS A GUERRA - POR DOM BERNARDINO MARCHIÓ

Estamos celebrando o dia da Pátria e o nosso pensamento se volta para agradecer a Deus por tantos passos dados pelos brasileiros em direção ao progresso, à democracia, à paz. Ao mesmo tempo não podemos esquecer a nossa responsabilidade na luta contra a violência, a injustiça e a corrupção.


Dom Bernardino Marchió
Bispo Diocesano

Nesse contexto queremos refletir sobre as palavras proferidas pelo papa Francisco contra qualquer forma de guerra.

O papa Francisco dedicou o Angelus de domingo passado (1º) ao tema da paz, recordando os tantos conflitos em diversas partes do mundo, no Oriente Médio e, em especial, na Síria. O pontífice disse estar “profundamente ferido” pelo que está acontecendo na Síria, naquele “martirizado país” e em outros locais de conflito e, por isso, convocou um dia de oração e jejum para 7 de setembro, convidando a todos os cristãos, fiéis de outras religiões e não crentes.

“Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom muito precioso, que deve ser promovido e tutelado”, disse o papa. “Com uma angústia crescente, o grito da paz eleva-se de todas as partes da Terra, de todos os povos, do coração de cada um, da única grande família que é a humanidade”, continuou.

O papa declarou ainda que acompanha, com preocupação, tantas situações de conflito. Mas que nestes dias tem o coração profundamente ferido pela situação da Síria. Francisco disse estar angustiado pelo dramático desenvolvimento dos acontecimentos. “Quanta devastação, quanta dor trouxe e traz o uso das armas naquele país martirizado”.

“Com particular firmeza condeno o uso de armas químicas”, declarou veemente o Santo Padre, que conclamou a todos a pensarem em quantas crianças não poderão ver a luz de um futuro. “Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre nossas ações ao qual não se pode escapar!”.

“Não é nunca o uso da violência que leva à paz”, advertiu. “Guerra chama guerra, violência chama violência! Com todas as minhas forças peço às partes envolvidas no conflito para escutarem a voz de suas consciências, de não fecharem-se nos próprios interesses, mas de olhar o outro como a um irmão e de tomarem, com coragem e decisão, o caminho do encontro e da negociação, superando a cega contraposição”.

O papa, então, apelou à comunidade internacional para que realize todo esforço possível, promova sem demora iniciativas claras pela paz, baseadas no diálogo e na negociação para o bem de toda a população síria. “Que não sejam poupados esforços em garantir assistência humanitária a quem é atingido por este terrível conflito, em particular aos deslocados no país e aos numerosos refugiados nos países vizinhos”.

Então, o papa perguntou: “O que podemos nós fazer pela paz no mundo? A paz é um bem que supera todas as barreiras porque é um bem de toda a humanidade”.

“Repito em alta voz: não é a cultura do confronto, a cultura do conflito que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas esta – a cultura do encontro, a cultura do diálogo, este é o único caminho para a paz. Que o grito da paz se eleve alto, para que chegue ao coração de todos, e que todos deponham as armas e deixem-se guiar por desejo de paz”.

Por fim, o convite a todos os católicos, aos fiéis de outras religiões e aos não crentes para participar de um dia de oração e jejum pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro: “Nos reuniremos em oração e em espírito de penitência”. 
 Por Jornal de Caruaru

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