A opinião de vários compradores vem de encontro com o que está sendo amplamente discutido, que é a saída do equipamento do Parque 18 de Maio
Mais uma vez, a remoção da Feira da Sulanca é mote de discussão entre comerciantes, governo e população em geral. Dessa vez, a novidade é que o prefeito José Queiroz tem um projeto para solucionar os problemas da feira. Porém, ainda assim, os feirantes que fazem parte dos maiores interessados na reestruturação do espaço divergem opiniões. Entre pessoas a favor e contra a saída do equipamento do centro da cidade, a realidade é que não adianta uma transferência se o lugar de destino não tiver estrutura adequada, assim como não é viável que tudo continue como está se o desagrado se faz presente no dia a dia dos que circulam pelo local.
Com 22 anos de experiência no comércio popular, Elieuda Santos se diz a favor da saída da Feira da Sulanca do Parque 18 de Maio. Para ela, problemas de estrutura, segurança e indefinição de horário fazem com que os compradores e os próprios feirantes fiquem insatisfeitos com o atual modelo de gestão do espaço. “Acho esse descaso um verdadeiro desrespeito com a classe. Não é difícil ver compradores chegando por aqui quando a feira já tem acabado, sem contar a falta de segurança que deixa qualquer pessoa com medo. Eu mesma já fui assaltada três vezes aqui na feira”, afirma Elieuda.
Já para a também comerciante Maria Lucélia, o que ocupa o topo do ranking na lista de melhorias é a infraestrutura. “Boxes e corredores de circulação precisam ter boas condições, assim como os banheiros públicos, para atender as pessoas que frequentam o espaço. Sou a favor que a feira continue no Centro, pois a comodidade do feirante tem de ser levada em consideração nos projetos”, ressalta. Da mesma opinião comunga Ivanildo Tavares. “A feira está precisando de uma revitalização urgente. Espaço tem de sobra, o que está faltando é só uma organização e mais investimentos em infraestrutura e limpeza”, dispara.
Outro grande problema relacionado à feira vem da falta de fluidez no trânsito e de estacionamento. Em dias de Sulanca, as imediações do Parque 18 de Maio se transformam em um campo de batalha. São carros na contramão, outros parados de maneira errada, imprudência, além de compradores disputando espaço entre os veículos. “Voto para que a feira continue por aqui, mas que haja um investimento maior em estacionamento, nem que ele fique sob a responsabilidade de uma empresa privada. Hoje, parar por aqui não sai por menos de R$ 10″, diz Elias Júnior, que trabalha na feira há 20 anos. Ele é bastante enfático ao afirmar que “não adianta levar a feira para outro lugar se o local não tiver organização mínima, o que delegaria tempo”.
Apesar da comodidade em relação à proximidade com o centro da cidade, a opinião de vários compradores vem de encontro com o que está sendo amplamente discutido, que é a saída da feira do centro da cidade. “Se for pela estruturação e comodidade para a gente que frequenta a feira, sem dúvida o melhor é que ela seja relocada”, diz a compradora Heloísa de Fátima. Para Marcos Santos, a feira também deve sair. “Dia desses precisei usar o banheiro. A precariedade das instalações e a falta de equipamentos por perto fizeram com que eu recorresse ao banheiro de uma loja que estou acostumado a comprar”, justifica, em tom de indignação.
De acordo com o presidente da Acic (Associação Comercial e Empresarial de Caruaru), Osíris Caldas, a feira é considerada um pulmão econômico da cidade e precisa de estruturação para poder crescer. “A Sulanca passa por uma asfixia geográfica. Ou seja, hoje poderíamos estar com um movimento ainda maior, recebendo compradores de outros locais, caso ofertássemos melhores condições estruturais em relação a outros equipamentos que funcionam na região, a exemplo de Toritama e Santa Cruz do Capibaribe”.
Pelo visto, os equipamentos que funcionam nas duas cidades atendem às exigências dos comerciantes e compradores. “Só quem quer que a Sulanca continue no Parque 18 de Maio é quem nunca visitou ou comercializou no Moda Center de Santa Cruz do Capibaribe”, finalizou Elieuda Santos.
Escrito por Robson Meriéverton e publicado, inicialmente, no Jornal Vanguarda.
Mais uma vez, a remoção da Feira da Sulanca é mote de discussão entre comerciantes, governo e população em geral. Dessa vez, a novidade é que o prefeito José Queiroz tem um projeto para solucionar os problemas da feira. Porém, ainda assim, os feirantes que fazem parte dos maiores interessados na reestruturação do espaço divergem opiniões. Entre pessoas a favor e contra a saída do equipamento do centro da cidade, a realidade é que não adianta uma transferência se o lugar de destino não tiver estrutura adequada, assim como não é viável que tudo continue como está se o desagrado se faz presente no dia a dia dos que circulam pelo local.
Com 22 anos de experiência no comércio popular, Elieuda Santos se diz a favor da saída da Feira da Sulanca do Parque 18 de Maio. Para ela, problemas de estrutura, segurança e indefinição de horário fazem com que os compradores e os próprios feirantes fiquem insatisfeitos com o atual modelo de gestão do espaço. “Acho esse descaso um verdadeiro desrespeito com a classe. Não é difícil ver compradores chegando por aqui quando a feira já tem acabado, sem contar a falta de segurança que deixa qualquer pessoa com medo. Eu mesma já fui assaltada três vezes aqui na feira”, afirma Elieuda.
Já para a também comerciante Maria Lucélia, o que ocupa o topo do ranking na lista de melhorias é a infraestrutura. “Boxes e corredores de circulação precisam ter boas condições, assim como os banheiros públicos, para atender as pessoas que frequentam o espaço. Sou a favor que a feira continue no Centro, pois a comodidade do feirante tem de ser levada em consideração nos projetos”, ressalta. Da mesma opinião comunga Ivanildo Tavares. “A feira está precisando de uma revitalização urgente. Espaço tem de sobra, o que está faltando é só uma organização e mais investimentos em infraestrutura e limpeza”, dispara.
Outro grande problema relacionado à feira vem da falta de fluidez no trânsito e de estacionamento. Em dias de Sulanca, as imediações do Parque 18 de Maio se transformam em um campo de batalha. São carros na contramão, outros parados de maneira errada, imprudência, além de compradores disputando espaço entre os veículos. “Voto para que a feira continue por aqui, mas que haja um investimento maior em estacionamento, nem que ele fique sob a responsabilidade de uma empresa privada. Hoje, parar por aqui não sai por menos de R$ 10″, diz Elias Júnior, que trabalha na feira há 20 anos. Ele é bastante enfático ao afirmar que “não adianta levar a feira para outro lugar se o local não tiver organização mínima, o que delegaria tempo”.
Apesar da comodidade em relação à proximidade com o centro da cidade, a opinião de vários compradores vem de encontro com o que está sendo amplamente discutido, que é a saída da feira do centro da cidade. “Se for pela estruturação e comodidade para a gente que frequenta a feira, sem dúvida o melhor é que ela seja relocada”, diz a compradora Heloísa de Fátima. Para Marcos Santos, a feira também deve sair. “Dia desses precisei usar o banheiro. A precariedade das instalações e a falta de equipamentos por perto fizeram com que eu recorresse ao banheiro de uma loja que estou acostumado a comprar”, justifica, em tom de indignação.
De acordo com o presidente da Acic (Associação Comercial e Empresarial de Caruaru), Osíris Caldas, a feira é considerada um pulmão econômico da cidade e precisa de estruturação para poder crescer. “A Sulanca passa por uma asfixia geográfica. Ou seja, hoje poderíamos estar com um movimento ainda maior, recebendo compradores de outros locais, caso ofertássemos melhores condições estruturais em relação a outros equipamentos que funcionam na região, a exemplo de Toritama e Santa Cruz do Capibaribe”.
Pelo visto, os equipamentos que funcionam nas duas cidades atendem às exigências dos comerciantes e compradores. “Só quem quer que a Sulanca continue no Parque 18 de Maio é quem nunca visitou ou comercializou no Moda Center de Santa Cruz do Capibaribe”, finalizou Elieuda Santos.
Escrito por Robson Meriéverton e publicado, inicialmente, no Jornal Vanguarda.
Por Jornal de Caruaru
Nenhum comentário:
Postar um comentário