O estudante pernambucano Fernando Santa Cruz Oliveira, que foi sequestrado, torturado e morto por agentes da ditadura militar em dezembro de 1973, no Rio de Janeiro, teve a sua ficha de trabalho alterada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica do Governo de São Paulo, local em que trabalhava quando se deu o sequestro.
Desde a última quinta-feira, dia 24, não consta mais na sua ficha funcional a expressão “abandono de emprego”, o que o levou à demissão por parte da direção daquele órgão.
A expressão foi substituída por “extinção do contrato de trabalho por morte”. A retificação foi solicitada pela Comissão da Verdade do Estado de São Paulo.
Fernando Santa Cruz é considerado “desaparecido político” por todas as entidades que lutam pelo respeito aos direitos humanos em nosso país.
Ele é filho de Elzita Santa Cruz Oliveira, autora do livro “Onde está meu filho?” e irmão do advogado e vereador olindense Marcelo Santa Cruz (PT).
Por Inaldo Sampaio
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