PMDB: quando o fogo amigo vira incêndio
DO BLOG TRÁGICO E CÔMICO - DIOGO SALLES - JT
Nos últimos anos, o Brasil tem escolhido se quer ser governado por amigos e parentes do PSDB, ou por amigos e parentes do PT. Mas, em política, a máquina de governo não pode ser feita só de amigos e parentes. Existe uma coisa chamada peembedebismo, já ouviu falar? É ele que garante a governabilidade. Funciona assim: seus aliados estão lá ao seu lado e vão te apoiar, mas não porque se alinham politicamente com suas ideias, e sim porque querem nacos do poder em troca. Querem cargos, querem dinheiro. É por isso que a base aliada tem ojeriza às chamadas indicações técnicas em ministérios. Pouco importa se o tecnocrata em questão é de longe o mais competente para tocar a pasta. O Brasil que se dane, oras! O que os partidos da base precisam é resolver o problema deles (e rápido!).
Da mesma forma que o ministério da pesca acabou de ser entregue ao evangélico Marcelo Crivella (que, se deus quiser, deve entender bastante de pescaria), o PMDB também quer aumentar seu espaço e influência no governo. E deram o recado: se Dilma não ceder, a base aliada vai vetar todos os amigos dela em cargos estratégicos — e se demorar muito, eles começarão a cobrar juros sobre o dízimo…
Por Magno Martins
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