De forma indireta, sem fazer uma só referência à eleição nem tampouco ao processo de discussão de candidaturas no PT, a presidente Dilma deu uma força e tanto ao prefeito João da Costa (PT) para materializar o seu projeto de disputar a reeleição. Dilma fez rasgados elogios ao prefeito, a quem classificou de “companheiro leal e correto”.
Mais do que isso, permitiu que a inauguração de um conjunto habitacional na capital fosse captada politicamente. Dilma só não disse, textualmente, que estava ali para apoiar a reeleição do prefeito. Também não precisava.
Na política, muitas vezes gestos valem mais do que palavras. E a presidente veio ao Recife para fazer gestos. Não precisava mais do que isso. Não que tenha tido receio de patrulhamento. Pela função que exerce, não podia ter avançado mais.
Foi o suficiente, no entanto, para cumprir o seu papel de coadjuvante. João da Costa deve estar muito feliz e agradecido. Só falta agora o ex-presidente Lula, com quem o governador Eduardo Campos terá encontro nos próximos dias, dar a senha final. Que será em favor de João da Costa, conforme praticamente antecipou, ontem, o secretário de Governo, Maurício Rands, numa longa conversa que teve com este blogueiro no programa Frente a Frente. João só não será o candidato se ocorrer um fato novo relevante, o que parece pouco provável.
Por Magno Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário