A quadrilha na cadeia
Dá repugnância o noticiário de Brasília dando conta de que os 40 envolvidos no maior escândalo no Governo Lula – o Mensalão - tendem a escapar da punição, simplesmente porque a justiça é lenta e o processo deve ser prescrito.
As manobras estão explícitas e a pizza já é admitida até pelos próprios ministros do Supremo Tribunal Federal. A revista Veja desta semana, aliás, aponta como o ministro Lewandowski, novo relator do calhamaço de mais de 50 mil páginas com 130 volumes, envolvendo 38 réus, estaria preparando na surdina o arquivamento do processo.
O mensalão se constituiu no maior assalto aos cofres públicos do País na era Lula. Patrocinada por um ministro que o ex-presidente o chamava de “meu capitão”, o então todo poderoso José Dirceu, a roubalheira era alimentada por órgãos da administração direta, indiretas e estatais.
O dinheiro seu, meu, nosso, arrancado pela quadrilha, se destinava a corromper parlamentares subservientes aos interesses do Governo no Congresso. Uns, renunciaram para escapar da cassação; outros foram cassados, como José Dirceu, Roberto Jefferson e Pedro Corrêa.
Nos Estados Unidos, por muito menos, a justiça condenou o governador de Illinois a 14 anos de prisão. Na França, o ex-presidente Jacques Chirac também foi condenado a dois anos de prisão por desvio de dinheiro público, mesmo com a idade de 79 anos. Por que no Brasil a impunidade tem que reinar a vida inteira? Não à pizza!
O Supremo não pode desapontar a sociedade brasileira, mas sim colocar em julgamento a quadrilha do capitão Dirceu. Para que, enfim, tenham o destino que todos esperam: a prisão.
Do Blog do Magno Martins
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