O movimento que tomou corpo e se solidificou ontem com a entrada de Cacau de Paula na secretaria de Cultura aproximou ainda mais a governadora Raquel Lyra do PSD e poderá selar sua ida para a legenda para disputar a reeleição em 2026.
A governadora foi eleita por uma federação frágil, que tem apenas dezoito deputados federais, composta por PSDB e Cidadania. Com vistas à reeleição, ela precisará não só ampliar o leque de alianças como ter um partido robusto. O PSD tem quase três vezes o tamanho do atual partido de Raquel, que também não teria outro caminho a seguir, ficando na sua base.
Lyra tinha esperança na formação de uma federação entre MDB e PSDB, e teve várias conversas com Baleia Rossi no intuito de materializá-la, porém viu que a junção dos três partidos, contemplando também o Cidadania, não era uma equação das mais fáceis e por isso consolidou o diálogo com o PSD e deverá culminar na sua filiação à legenda, cujo interesse é total do presidente nacional, Gilberto Kassab, e do presidente estadual, o ministro André de Paula.
Há mais um importante detalhe nesta equação. O PSDB decidiu manter-se na oposição ao presidente Lula, enquanto o PSD é um dos principais pilares de sustentação da governabilidade do Palácio do Planalto. Então, a travessia para o PSD facilita uma relação mais próxima com o presidente e poderá formalizar uma aliança com o PT com vistas a 2026.
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