sábado, 1 de abril de 2023

Domir o maior craque do nosso futebol

 Do facebook de :


O ano é 1965. Um menino sai da sua casa, na esquina da Rua do Pátio com o Beco do Padre e se dirige ao Rio Capibaribe, por trás do armazém de Pedro Neves. Outros o acompanham e eles seguem em direção à areia do rio...
 
Às vezes, a bola caía nas cacimbas rasas perto do campo de futebol improvisado não longe do Cacimbão do Rio. Os meninos correm atrás da bola, mas um deles se diferencia pela habilidade com ela: no meio das cacimbas e da areia do rio mina o futebol de Domir.
 
À noite, eles saem da areia e vão jogar na terra da Rua do Pátio. Domir não tem mais que 10 anos de idade, mas o Ypiranga já começa a percebê-lo. Seu corpo pequeno e franzino ainda não tem condições de jogar no time da cidade, mas não vai demorar para seu futebol brilhar entre as paredes baixas que arrodeiam o campo...
 
Quando tem 15 anos, em 1970, ele aparece no meio dos melhores jogadores da época. Todos ficam de boca aberta com seu futebol. Seu pai, o então vereador Zé Dedêlo, vibra na beira do campo e comemora cada lance bonito de Dormir, até sua mãe, Doralice, fazia questão de vê-lo jogar!
Logo cedo, é levado para Caruaru. O Sport dali, que depois passou a ser chamado de Porto, carrega Domir para a Capital do Forró. Pouco depois, a Patativa do Agreste o contrata. Jogando no Lacerdão, faltando 20 minutos para o jogo terminar, ele deixou sua marca: entrou no gramado e fez o 1° gol da história do Central em Campeonato Brasileiro.
 
Um ano depois, foi vendido pelo Central de Caruaru ao Alecrim de Natal. Ironicamente, num jogo entre esses dois times, Domir fraturou a perna, em 1981, aos 26 anos de idade, teve que abandonar o futebol. Três anos depois, voltou a vestir a camisa alviazulina e da seleção de Santa Cruz, tendo sido com esta três vezes campeão da Copa do Interior. Mas foi no Ypiranga, onde tudo começou, que ele jogou pela última vez, em 1994, quando encerrou sua carreira.
 
Quem teve o privilégio de vê-lo jogar, pôde contemplar toda sua habilidade em campo, sobretudo na meia-direita, onde atuou por mais tempo, mas ele era volante, centroavante, ponta-direita... Dizem que é o "Rei do Ypiranga" e está entre os craques que mais fizeram gols com a camisa alviazulina...
Desde os jogos de pelada da década de 60, na areia do rio e na terra da rua da sua casa, passando pelos times profissionais nordestinos, e depois que se recuperou da lesão, atuando no Ypiranga e na Seleção desta cidade, seus contemporâneos e até os futebolistas que jogaram antes e depois dele, os torcedores mais fiéis (antigos e recentes), bem como os comentaristas de futebol daqui que o viram jogar, consideram "Dormir de Zé Dedêlo" o maior e melhor jogador de futebol da história de Santa Cruz do Capibaribe, de todos os tempos!
 
Texto de Clécio Dias.
 
Valdemir Silvestre da Silva (Domir), nascido em 20 de outubro de 1954, na Rua do Pátio nesta cidade.
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 MEU COMENTÁRIO:

Fui contemporâneo de Domir, sou testemunha de tudo que é dito no texto acima, sobre o grande Valdemir Silvestre. Joguei muitas vezes contra ele, nos campeonatos de futebol de salão, que promovemos na quadra da AABB, onde fui diretor, nos tempos que trabalhei no Banco do Brasil de nossa querida Santa Cruz do Capibaribe. Posso afirmar com convicção que Domir foi o melhor jogador de futebol da nossa região, que eu vi jogar. Sem dúvida o maior  craque do nosso futebol. 
 
Muito bom ler essa matéria,  feita pelo craque das letras,  de Santa Cruz do Capibaribe Clecio Dias. 

Jânio Arruda da Silva. 
 
 

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