segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Agronegocio banca vandalismo, diz Lula

Do blog de Magno Martins.

Agronegócio banca vandalismo, diz Lula

Ao anunciar, ontem, intervenção na segurança pública do Governo do Distrito Federal, em consequência dos atos de terrorismo e vandalismo por parte de eleitores bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que vai investigar e chegar aos responsáveis que patrocinam a ida desses grupos a Brasília.

Evidente que tem gente bancando. Esses terroristas chegam a Brasília, epicentro dos atos golpistas, não pagam as suas próprias despesas e nem são voluntários. Ao longo de toda a semana, pelas redes sociais, havia a convocação dessa gente com ônibus pagos, lanche e estrutura para acampamento em Brasília. Quem está por trás disso? Pelo discurso de Lula, são empresários do agronegócio que “usam agrotóxicos para atingir a saúde da população”.

Mais de cem ônibus chegaram a Brasília de vários Estados apinhados de vândalos na última sexta-feira. “Vamos descobrir quem foram os financiadores desses vândalos que foram a Brasília e pagarão com a força da lei por esse gesto antidemocrático”, disse Lula. O presidente responsabilizou o ex-mandatário Jair Bolsonaro por incentivar seus apoiadores a realizarem atos violentos e antidemocráticos. “Esse genocida não só provocou isso, como também, quem sabe, está estimulando ainda pelas redes sociais”, afirmou.

Para Lula, a Segurança Pública do Distrito Federal, liderada até a tarde de domingo por Anderson Torres — que foi exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) depois da invasão —, não foi suficiente para conter o avanço dos golpistas. “Eles invadiram, quebraram muitas coisas e, lamentavelmente, quem tem que fazer a segurança do Distrito Federal é a Polícia Militar do Distrito Federal, que não fez”, afirmou o presidente. “Houve, eu diria, incompetência, má vontade ou má fé das pessoas que cuidam da segurança pública”, alegou.

O objetivo da intervenção, segundo Lula, é “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública no Estado do Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos”, afirmou. O decreto é uma resposta aos atos terroristas e de vandalismo na Praça dos Três Poderes, tomada por bolsonaristas radicais que invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, pedindo intervenção das Forças Armadas e a prisão de Lula. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro chegaram até o terceiro andar do Planalto, onde fica o gabinete do presidente da República.

 

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