segunda-feira, 28 de março de 2022

Energia solar vira negócio da moda no Nordeste



Por Fernando Castilho

Nos últimos anos, quando a conta de energia elétrica começou a subir com maior frequência, ter um sistema doméstico de geração fotovoltaica virou uma espécie de onda para milhares de consumidores que passaram a ver na possibilidade de produzir sua própria energia uma forma de economizar na conta mensal e até vender o excedente à distribuidora transformando o que era despesa num investimento ambientalmente correto.

O Brasil fechou fevereiro com 860 mil residências e empresas com placas fotovoltaicas nos seus telhados enquanto surgiu um meganegócio que, a cada dia, descobre uma forma diferente de remuneração que vai do sistema simplificado doméstico instalado em duas semanas, financiado em até 36 meses com juros subsidiados, a grandes parques instalados em áreas que anteriormente não se prestavam à agricultura e que exigem bilhões dos investidores.

O benefício de não pagar uma série de tributos vai acabar em 7 de janeiro de 2023 e alguns estados também estão revendo a política de incentivos fiscais para os grandes e médios produtores porque energia elétrica virou um elemento de aumento de receitas de ICMS. Mas ainda é um negócio de alta remuneração de capital.

Hoje o mercado tem vários tipos de investidores liderados pelas empresas constituídas para operar grandes plataformas com milhões de placas fotovoltaicas, financiadas tanto por investidores diretos como por fundos de investimentos específicos para energia renovável.

Abaixo, existe o modelo de associação de consumidores e investidores onde quem consome põe dinheiro numa empresa que opera parques solares, compra energia deles e remunera os sócios abatendo o seu consumo.

Existe o modelo de cooperativa onde o cliente, sem investir, entrega a conta a uma gestora e ganha um desconto de até 15%, podendo sair do grupo a qualquer momento.

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