Um salto de qualidade
Pernambuco sempre esteve na vanguarda em enviar para Brasília, seja para a Câmara ou o Senado, nomes que venceram a barreira do provincianismo e se constituíram em grandes lideranças nacionais. Foi assim com Marco Maciel, Inocêncio Oliveira e Severino Cavalcanti, eleitos presidentes da Câmara dos Deputados. Maciel, sempre à frente de todos, virou um dos ícones nacionais do centro-direita, pela destacada capacidade de articulação política na construção da Nova República, com a eleição indireta de Tancredo Neves.
Chegou à Vice-Presidência da República por dois mandatos, na chapa que elegeu e reelegeu Fernando Henrique Cardoso. Afastado da vida pública por problemas de saúde, faz muita falta ao País. Num determinado momento da República pós ditadura, Pernambuco chegou a ocupar cinco Ministérios, a presidência da CEF e o comando da Receita Federal. Teve até governador do Distrito Federal, o ex-senador Cristovam Buarque, e uma penca de lideranças no Congresso.
Entre os anos 80 e 2000 passaram pelo Congresso nomes pernambucanos que deram uma grande contribuição ao debate nacional, como Miguel Arraes, Roberto Freire, Jarbas Vasconcelos, Cristina Tavares, Egídio Ferreira Lima, Maurílio Ferreira Lima, Osvaldo Lima Neto, Fernando Lyra e Eduardo Campos, dentre outros, no campo da esquerda. No centro-direita, Ricardo Fiúza, ex-ministro, líder do Centrão, Carlos Wilson, ex-ministro, o próprio Inocêncio, Roberto Magalhães, Sérgio Guerra, Nilo Coelho, Mendonça Filho, Armando Monteiro e Joaquim Francisco.
Uma galeria e tanto! Mas nos últimos anos, sobretudo a partir da morte de Eduardo Campos, o Estado perdeu protagonismo na política nacional. A eleição da nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados trouxe um alento ao Estado com a garantia de três postos: a primeira-secretaria, que passa a ser dirigida pelo presidente do PSL, Luciano Bivar; a segunda-secretaria, com a petista Marília Arraes, que contrariou o seu partido; e, por fim, a segunda-vice presidência, com o macielista André de Paula.
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