sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Da Coluna de Magno Martins


Postado por Magno Martins


Humberto dá volta por cima

Líder do PT no Senado, o senador pernambucano Humberto Costa está de alma lavada com a decisão da Polícia Federal de solicitar ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento do inquérito da Operação lava jato que investigava o seu nome em operações de doações de campanha consideradas fraudulentas. Segundo a PF, as investigações contra o parlamentar não conseguiram descobrir nenhum ilícito que teria sido cometido por ele no âmbito das apurações.

Ele teve o seu nome citado na delação premiada feita pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como sendo beneficiário de R$ 1 milhão doado irregularmente à sua campanha eleitoral em 2010. De acordo com relatório da PF, já em poder do STF, foram esgotadas as diligências vislumbradas não sendo possível apontar indícios suficientes de autoria e materialidade dos crimes investigados a partir das declarações do ex-executivo da Petrobras.

O ministro do STF Teori Zavascki determinou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifeste sobre o pedido de arquivamento. O documento, assinado no último dia 5 de agosto pela delegada Graziela Machado da Costa e Silva, diz que a investigação levou à "incerteza" quanto a declarações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, sobre propina paga à ele com o que foi desviado da Petrobras.

Humberto Costa faz parte da primeira leva de políticos investigados no STF dentro da Lava Jato, com um inquérito aberto em março do ano passado, baseado na delação de Paulo Roberto Costa. O advogado de Humberto Costa, Rodrigo Mudrovitsch, disse que pedirá que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicite ao Supremo o arquivamento da apuração.

“Foi um longo e exaustivo inquérito e o relatório final confirmou a posição da defesa de que não era verdadeira a acusação feita contra o Senador Humberto Costa. Pedirei agora à PGR que acolha o relatório final e solicite ao STF o arquivamento do caso”, disse o advogado. O relatório da PF agora terá de ser analisado pela Procuradoria Geral da República (PGR), que poderá pedir o arquivamento do caso ou mais investigações.

QUEDA– O volume do setor de serviços caiu 0,5% em relação a maio, segundo informou o IBGE. Já na comparação com junho de 2015, o setor registrou recuo de 3,4%, o maior para o mês de junho da série, iniciada em janeiro de 2012. No primeiro semestre e nos últimos 12 meses, o setor acumulada perdas de 4,9%. Entre as atividades pesquisadas na comparação mensal, mostraram resultados negativos os segmentos de serviços prestados às famílias (-0,5%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%) e outros serviços (-1,5%). Em relação a um ano antes, os serviços prestados às famílias caíram 7,5%, seguido por serviços profissionais e administrativos (-5,9%), transportes (-3,6%), serviços de informação e comunicação (--1,6%) e outros serviços (-2,1%).

Jogada para salvar Cunha?–
 Pegou mal e foi bastante criticada pelos deputados a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a data marcada para a cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Depois de quase nove meses de indefinição, na pauta depois da votação do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, 12 de setembro é uma segunda-feira, dia da semana em que é difícil encontrar deputados em Brasília. Parlamentares que defendem a cassação de mandado de Cunha estão desconfiados de que Maia entrou no jogo para salvar o correntista suíço.

Temer vê avanço– Para o presidente em exercício, Michel Temer, a aprovação do projeto de renegociação da dívida dos estados foi uma vitória, e não um recuo. “Estão falando que foi um recuo. Mas foi uma vitória estupenda”, disse Temer. “O importante é que foi estabelecido um teto geral de gastos, que só será revisado por meio do índice inflacionário”, ressaltou. Temer contou que partiu dele o aval para retirar do texto a proposta que proíbe, por dois anos, os reajustes ao funcionalismo estadual. Ele disse que fez isso depois de ser alertado que a própria Constituição já prevê, no artigo 169, que a decisão de gasto com pessoal da ativa e inativa não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

Saída para frear violência– Diante da crescente onda de violência no Estado, a bancada de Oposição na Assembleia Legislativa discutiu, ontem, com a OAB, iniciativas conjuntas para tentar dar um freio de arrumação. Segundo levantamento da Oposição, com base nos dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), Pernambuco caminha para o terceiro ano consecutivo de crescimento no número dos homicídios. Alta acumulada este ano está em 6%, sobre um crescimento de 13,5% já registrado em 2015 e de quase 10% em 2014. Os parlamentares da Oposição defendem uma ampla discussão com a sociedade sobre o Pacto pela Vida e uma repactuação das bases do programa estadual de combate à violência.

O Pitbull jaboatonense–
 Com histórico de autoritarismo e viés arrogante, o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), revelou, ontem, seu lado mais cruel: o da virulência. Não satisfeito com a filmagem de um morador durante visita a um bairro da periferia, partiu para cima do cidadão feito um Pitbull, arrancou das suas mãos o celular e por pouco não danifica o aparelho. As imagens da cena de cruel estado coronolesco do tucano foram enviadas e postadas neste blog. O que está fazendo Elias a perder seu fair play? Quem adivinhar, ganha um chocolate.

CURTAS

PEÇAS– O candidato do PV a prefeito do Recife, Carlos Augusto, apresentou, ontem, as primeiras peças de sua campanha. A logomarca se destaca do comum já pelo formato redondo. Em fundo verde, ela traz como elementos principais um Recife colorido, leve e dinâmico, que remete aos ideais do PV. “Queremos uma cidade bem cuidada, que valoriza sua gente e sua história”, diz ele. O slogan é “Pra Renovar o Recife”.

SEM VOTO– Nas eleições de 2014, 2182 eleitores estavam aptos a votar em Fernando de Noronha, mas em 2016 nenhum vai para o encontro com as urnas. Isso porque o eleitorado da ilha não vota no pleito municipal. Noronha é um distrito estadual, o único do Brasil, e desta forma não escolhe prefeito nem vereadores. O cargo do gestor local chama-se administrador, que é escolhido pelo governador e referendado pela Assembleia Legislativa.

Perguntar não ofende: Quantos deputados vão assinar o requerimento do líder da Rede para antecipar a data de votação da cassação do deputado Eduardo Cunha?

Nenhum comentário:

Postar um comentário