Postado por Magno Martins
PMDB, a noiva cobiçada
Na eleição para presidente da Câmara dos Deputados, marcada para amanhã, conforme acordo fechado entre o presidente em exercício Waldir Maranhão (PP-MA) e os líderes na Casa, não há, aparentemente, ainda, nenhum candidato considerado franco favorito, mas uma constatação irretocável: para onde a bancada do PMDB pender, com seus 66 integrantes, decide o pleito.
O Centrão, formado pelo PP, PTB, PSD, PR, PRB, PSC, PROS, SD, PHS, PTN, PSL, PEN e PTdoB, abriga 217 deputados, mas está dividido entre as candidaturas de Rogério Rosso, Giacobo, Beto Mansur, Espiridião Amin, Jovair Arantes e Manato. A tendência, entretanto, é haver uma aglutinação em torno da candidatura de Rosso, que presidiu a Comissão do Impeachment na Câmara.
Rosso tem desenvoltura e trânsito entre todos os partidos, além de ser confiável ao Planalto e ligações estreitas com o ex-presidente Eduardo Cunha. Entre os concorrentes do seu bloco, aparentemente não há concorrentes de peso. O mais afoito é o primeiro-secretário Beto Mansur, que não soma por ter rejeição.
Já o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), representante do chamado “Centrinho”, bloco com 119 deputados do seu partido e mais PPS e PSB, tem supremacia na disputa com Heráclito Forte, Júlio Delgado e Antônio Imbassahy. Se conseguir atrair o apoio da oposição, formada pelo PT, PCdoB e PDT, arrebataria mais 90 votos, fortalecendo-se.
Decisivo no jogo, o PMDB não lançou nenhum candidato, oficialmente, mas três se lançaram para barganhar: Marcelo de Castro, Osmar Serraglio e Baleia Rossi, todos removíveis, caso o Planalto interfira no processo. Até o momento, por uma questão estratégica, o presidente interino Michel Temer afirma que não tem candidato preferencial.
Tudo, claro, para não provocar cisão em sua base nem implodir o Centrão, que tem o maior número de deputados. Se, por outro lado, Rodrigo arrebatar o apoio do PT, a tendência da noiva cobiçada, no caso o PMDB com seus 66 votos, é apoiar Rosso, definindo a eleição em segundo turno.
SORTUDO NA DISPUTA– O segundo-vice-presidente da Câmara, Fernando Giacobo (PR-PR) e a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) formalizaram, ontem, candidaturas para suceder o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados. Giacobo foi o sétimo parlamentar a registrar participação na eleição. Cristiane Brasil, a oitava. Como segundo-vice-presidente da Câmara, Giacobo chegou a presidir sessões durante o afastamento de Eduardo Cunha e na ausência do vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA). Ele é conhecido na Casa por ter sido premiado 12 vezes na loteria em apenas um ano. Na época, ele não era deputado.
Silvio, o vice de João Paulo–
Na nota que tentou reduzir o impacto do seu acordo com João Paulo (PT), saindo na vice do petista na corrida eleitoral do Recife, o deputado Silvio Costa Filho (PRB) praticamente confirmou o que este blog antecipou. “Não somos adversários e, portanto, João Paulo e eu, estaremos juntos discutindo uma nova agenda para a cidade. Amanhã, teremos uma reunião com o ex-presidente Lula e juntos vamos avaliar a melhor estratégia para as eleições do Recife”, afirmou. Precisa dizer mais alguma coisa?
Nordeste era só fome– Desabafo de Lula, ontem, em Petrolina: "Eu lia as notícias sobre o Nordeste nos jornais e era só desgraça. Eu pensava: 'Não é possível! Será que Deus escolheu esse povo do Brasil para sofrer? Eu achava que não, que era possível trazer universidades para o Nordeste, desenvolvimento para o Nordeste. Afinal, eu não lia notícias dizendo que as crianças do Canadá morriam por causa do gelo. É preciso saber superar as adversidades".
Estrada politizada- O deputado Danilo Cabral, ex-secretário do Planejamento, resolveu romper o silêncio em relação à queda de braço com o secretário estadual de Transportes, Sebastião Oliveira, sobre a autorização da pavimentação da estrada ligando a área urbana do município de Flores, no Sertão do Pajeú, ao distrito de Fátima. Segundo ele, o projeto é antigo e representa uma luta do ex-prefeito Marconi Santana, respaldada por uma decisão sua, ainda como secretário, de alocar os recursos necessários para tirar o projeto do papel. “Não se trata de uma conquista da prefeita. Marconi teve um papel importante no processo”, enfatizou.
A cantilena do golpe-
Nordeste era só fome– Desabafo de Lula, ontem, em Petrolina: "Eu lia as notícias sobre o Nordeste nos jornais e era só desgraça. Eu pensava: 'Não é possível! Será que Deus escolheu esse povo do Brasil para sofrer? Eu achava que não, que era possível trazer universidades para o Nordeste, desenvolvimento para o Nordeste. Afinal, eu não lia notícias dizendo que as crianças do Canadá morriam por causa do gelo. É preciso saber superar as adversidades".
Estrada politizada- O deputado Danilo Cabral, ex-secretário do Planejamento, resolveu romper o silêncio em relação à queda de braço com o secretário estadual de Transportes, Sebastião Oliveira, sobre a autorização da pavimentação da estrada ligando a área urbana do município de Flores, no Sertão do Pajeú, ao distrito de Fátima. Segundo ele, o projeto é antigo e representa uma luta do ex-prefeito Marconi Santana, respaldada por uma decisão sua, ainda como secretário, de alocar os recursos necessários para tirar o projeto do papel. “Não se trata de uma conquista da prefeita. Marconi teve um papel importante no processo”, enfatizou.
A cantilena do golpe-
Em discurso, ontem, no evento do programa 'Bahia Mais Forte', em Juazeiro (BA), onde recebeu título de cidadão, o ex-presidente Lula criticou o governo provisório do vice-presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), pelas propostas de privatização de estatais, sobretudo a Petrobras, que pode perder a obrigatoriedade da exploração na camada do Pré-sal. Lula disse que "o que está acontecendo neste país é um desrespeito ao voto popular e um golpe patrocinado por uma mídia que quer criminalizar o PT", em referência à chegada de Temer à presidência de forma interina em decorrência do afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.
CURTAS
REPASSE– O governador Paulo Câmara sanciona, hoje, lei que autoriza o repasse de subvenção social para o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP). Fundada em 1962, a entidade é o instituto histórico estadual mais antigo do Brasil, reunindo acervo em três grandes áreas: museológica, documental e bibliográfica. O IAHGP receberá, mensalmente, pelos próximos dois anos, R$ 20 mil.
PLANEJAMENTO– Já começaram as escutas regionais para a elaboração do planejamento e orçamento 2017 da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE). Na reunião mensal do Conselho Empresarial da Unidade Regional do Sertão do São Francisco (URSF), ontem, em Petrolina, o gerente do Núcleo de Planejamento, Gestão e Tecnologia da entidade, Israel Erlich, deu início à construção do documento analisando, junto com os conselheiros, as oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos, além dos principais desafios para o ano que vem.
Perguntar não ofende: No afunilamento das candidaturas para presidente da Câmara, quantos de fato vão disputar a eleição amanhã?
CURTAS
REPASSE– O governador Paulo Câmara sanciona, hoje, lei que autoriza o repasse de subvenção social para o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP). Fundada em 1962, a entidade é o instituto histórico estadual mais antigo do Brasil, reunindo acervo em três grandes áreas: museológica, documental e bibliográfica. O IAHGP receberá, mensalmente, pelos próximos dois anos, R$ 20 mil.
PLANEJAMENTO– Já começaram as escutas regionais para a elaboração do planejamento e orçamento 2017 da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE). Na reunião mensal do Conselho Empresarial da Unidade Regional do Sertão do São Francisco (URSF), ontem, em Petrolina, o gerente do Núcleo de Planejamento, Gestão e Tecnologia da entidade, Israel Erlich, deu início à construção do documento analisando, junto com os conselheiros, as oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos, além dos principais desafios para o ano que vem.
Perguntar não ofende: No afunilamento das candidaturas para presidente da Câmara, quantos de fato vão disputar a eleição amanhã?
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