quinta-feira, 16 de junho de 2016

Tempo curto na campanha pode prejudicar processos, alerta especialista


Publicado por Alex Ribeiro


Advogada Diana Câmara disse que casos de candidatos sub judice podem não ser analisados em tempo hábil (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)

O tempo mais curto da campanha eleitoral deverá trazer mais trabalhos para a justiça. Depois da reforma política, os candidatos a vereador e a prefeito terão 45 dias para tentarem chegar ou se manter no poder. Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, nesta quarta-feira (15), a advogada especialista em Direito Eleitoral, Diana Câmara, afirmou que processos contra postulantes que estiverem sub judice terão grande risco de não serem analisados.

“Quarenta e cinco dias é muito pouco. É possível julgar um ou outro, mas não todos os candidatos a prefeito no Brasil”, disse.

“Enquanto estiver sub judice ele poderá ser candidato, ele pode continuar no pleito. No caso é analisado pelo primeiro grau, que é o juiz eleitoral, depois o segundo grau, no Estado, e depois o TSE. (…) No Brasil temos seis mil municípios, imagina o TSE julgando isso tudo?”, questionou Câmara.

A advogada acredita que as redes sociais serão o centro das atenções no pleito deste ano. “Acho que essa campanha vai ser muito virtual, vai ser grande o problema para a gente conseguir regular isso, segurar isso. A gente sabe que hoje em dia manda um vídeo de whatsapp e chega rapidamente a milhares de pessoas. Um vídeo no Facebook se viraliza muito rápido”, relatou.

“A gente não consegue coibir 100% e numa campanha curta a gente acredita que vai ser muito difícil essa questão de whatsapp e mídias sociais”, completou a advogada.

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