segunda-feira, 4 de abril de 2016

Da Coluna de Inaldo Sampaio

Prefeito Geraldo Julio(PSB), Jânio Arruda e André de Paula (PSD)
O segundo turno ainda assusta o PSB
Postado  por Inaldo Sampaio

Coluna Fogo Cruzado –
O prefeito Geraldo Júlio esvaziou o PTB, o PV e o PT e fortaleceu legendas governistas como o PDT e o PSD

O prefeito Geraldo Júlio saiu politicamente fortalecido na reta final do troca-troca partidário visando à sua reeleição. Venceu a resistência dos irmãos Ferreira (Anderson e André) e vai contar com o PSC e o PR na sua coligação. Esvaziou o PV atraindo para o seu palanque os vereadores Augusto Carreras e Eurico Freire. Desidratou o PTB subtraindo das hostes trabalhistas os vereadores Eduardo Marques e Carlos Gueiros. Tirou o vereador Henrique Leite do PT e o acomodou no PDT. E acertou com Paulo Câmara a ida do deputado Kaio Maniçoba para a Secretaria de Agricultura a fim de abrir vaga na Câmara Federal para o suplente Luciano Bivar (PSL-PHS), que estava inclinado a dar apoio à deputada estadual Priscila Krause. A única coisa que o prefeito não conseguiu foi tirar a própria Priscila e o deputado Daniel Coelho do páreo, o que pode ensejar no Recife o que o PSB mais teme: a realização do segundo turno.

O “chapão da morte”

Após o troca-troca partidário, o PSB ficou com 12 vereadores na Câmara Municipal do Recife. Nunca, antes, na história política do partido, formou-se no Recife um “chapão da morte” com tantos candidatos fortes antecipadamente derrotados. Um matemático eleitoral competente como o ex-vereador Liberato Costa Júnior (PMDB) transformaria o “chapão” em várias “chapinhas” para tentar salvar o maior número de mandatos, mas o PSB é carente dessa mão de obra.

Aposta – Sem quadros políticos fortes em Garanhuns para enfrentar o prefeito Izaías Régis (PTB), o PSB atraiu para os seus quadros o empresário Givaldo Calado de Freitas, que já passou por vários partidos e disputou várias eleições. Ele reconhece a força do atual prefeito, mas não o considera um candidato imbatível. Por isso aceitou o convite de Paulo Câmara para concorrer.

Bola – O PSL filiou Carlinhos Bala ao partido e vai candidatá-lo a vereador, no Recife. Mas, diferentemente de outras capitais, aqui jogador de futebol nunca se elegeu para cargo nenhum.

Água – A Compesa vai assumir a gestão do sistema de abastecimento d’água de Carnaubeira da Penha, uma das poucas cidades de Pernambuco em que esse serviço era gerido pela prefeitura.

Troca – O vereador e presidente da Câmara de Surubim, Fabrício Brito, trocou o PPS pelo PSB e poderá ser o candidato a vice-prefeito na chapa do deputado estadual Nílton Mota (PSB).

Vitória – O deputado petebista Jorge Côrte Real (foto) estará hoje em Vitória de Santo Antão para assistir ao pré-lançamento da candidatura de Edmo Neves (PMN) à sucessão do prefeito Elias Lira (PSD). O candidato do prefeito, que ainda não se sabe quem será, deverá polarizar, de novo, com o ex-prefeito e ex-deputado José Aglailson (PSB).

Núcleo – Sem barulho, o deputado Ossésio Silva instalou comissões provisórias do PRB em dezenas de cidades pernambucanas. A última foi em Ipojuca, na semana passada, com o pré-lançamento da candidatura de Arlindo Capitani (“Gaúcho”) à sucessão do prefeito Carlos Santana (PSDB). O ex-prefeito Pedro Serafim (PDT) continua calado.

Silêncio – O pré-candidato a prefeito Sérgio Magalhães (PMN) estranhou o silêncio dos secretários de turismo Camilo Simões (Recife) e Felipe Carreras (Pernambuco) sobre o cancelamento do vôo Recife-Miami que era feito semanalmente pela American Airlines. “Quando o hub da Azul veio pra cá, eles fizeram o maior carnaval, mesmo não sendo o ‘pai da criança’. Mas não deram um pio sobre o cancelamento desse vôo”, declarou.

Pressa – Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está com pressa para pôr em votação na Câmara Federal o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Se a presidente for afastada, o vice Michel Temer terá uma parada dura pela frente: montar um governo em que Renan Calheiros e o próprio Cunha não dêem palpite. E, se Dilma ficar, terá que mostrar ao Brasil como pretende chegar a 2018 sem base política no Congresso e rejeitada por 70% da população.

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