quarta-feira, 23 de março de 2016

Raquel não quis briga com o PSB

Postado  por Inaldo Sampaio


Raquel Lyra tinha todos os motivos para despedir-se do PSB, atirando, mas optou pelo caminho da paz

A deputada Raquel Lyra teve motivo até de sobra para despedir-se do PSB, litigiosamente, mas optou pelo caminho da paz. Descende de um clã político em que a palavra empenhada era suficiente para honrar um acordo político. Agiram assim seu avô, João Lyra Filho e seu tio, Fernando Lyra, e continua fiel a essa tradição o seu pai, João Lyra Neto, ex-prefeito de Caruaru e ex-governador de Pernambuco. Raquel teria recebido a garantia do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, com a devida chancela do governador Paulo Câmara, de que seria a candidata do partido à prefeitura de Caruaru. Mas quando já se encontrava em pré-campanha foi comunicada por Sileno Guedes de que seria substituída pelo vice-prefeito Jorge Gomes. Tinha todos os motivos, portanto, para fazer um discurso forte contra seus ex-correligionários, porém poupou-os de ataques. Acomodou-se no PSDB e desejou “boa sorte” ao seu ex-partido.

29 será o “Dia D”

O PMDB deve decidir no próximo dia 29 se desembarcará ou não do governo Dilma. O partido controla sete ministérios e pelo menos um de seus ministros não demonstra interesse em deixar a pasta: Kátia Abreu (Agricultura). Ela é muito próxima da presidente da República e tem o apoio praticamente unânime do segmento que representa: o agronegócio. O vice-governador e presidente do PMDB-PE, Raul Henry, é voto certo na reunião pelo rompimento com o governo.

Tucanos – Com a entrada de Raquel Lyra no PSDB, o partido terá candidatos competitivos às prefeituras de Caruaru (ela própria), São Caetano (Jadiel Braga), Gravatá (Joaquim Neto), São Joaquim do Monte (Joãozinho Tenório), Brejo (Roberto Asfora), Santa Cruz do Capibaribe (Édson Vieira), Vertentes (Romero Leal), Ipojuca (Carlos Santana) e Cabo (Betinho Gomes).

Troca – Após a saída do deputado Claudiano Filho do PSDB, o partido não é mais controlado por ele em Garanhuns. O novo presidente é Ivan Júnior, nomeado pela executiva estadual.

Exclusão – O Palácio das Princesas encomendou pesquisa sobre a corrida eleitoral em Olinda, mas não incluiu o nome da advogada Isabel Urquisa (PSDB) na relação dos pré-candidatos.

Pressa – José Serra (PSDB) continua tão certo de que será ministro da Fazenda num eventual governo Michel Temer, que já acelerou suas conversas com os peemedebistas da oposição.

Dureza – O diretor da Faculdade de Direito do Recife, Francisco de Queiroz Cavalcanti, foi um dos advogados que estiveram ontem no Palácio do Planalto para levar sua solidariedade à presidente Dilma Rousseff, ameaçada por um processo de impeachment. Quando integrava o TRF da 5ª região, o então desembargador era tido como “linha dura”.
Carreira – Após ter declarado, em Paulista, que morreria no “pau” mas não abandonaria o PT, no qual militava havia mais de 20 anos, o ex-deputado Sérgio Leite mudou de ideia. Vai ser candidato a prefeito pela 4ª vez e, temendo o desgaste da sigla, abrigou-se no PDT pelas “mãos amigas” de Guilherme Uchoa, presidente da Assembleia Legislativa.

Noventão – O ex-deputado Geraldo Coelho completará 90 anos no dia 2 de abril próximo. A comemoração será em Petrolina, berço do clã que tem um senador (Fernando Bezerra), um deputado federal (Fernando Filho) e um deputado estadual (Miguel Coelho). Geraldo era “carne e unha” com Osvaldo, que morreu em novembro do ano passado aos 82 anos de idade. Foi também prefeito da cidade, a exemplo dos irmãos José e Augusto Coelho.

Pressão – O aviso foi dado no Recife pelo deputado Eduardo da Fonte: o PP só apoirá a reeleição do prefeito Geraldo Júlio se o PSB apoiar seus candidatos em Santa Cruz do Capibaribe (Dimas Dantas), Arcoverde (Eduíno Brito) e Surubim. A proposta não será aceita porque o PSB não fará campanha contra os seus próprios candidatos: Édson Vieira (PSDB), Madalena Brito (PSB) e Nilton Mota (PSB), respectivamente.

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