terça-feira, 1 de março de 2016



Postado por Magno Martins

A saída de José Eduardo Cardozo para a Advocacia Geral da União consolida uma mudança de centro político do primeiro para o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. Durante seu primeiro governo, Dilma tinha como seus principais interlocutores no ministério Aloizio Mercadante, José Eduardo Cardozo, Miriam Belchior e Gleisi Hoffman. Sendo que os dois primeiros eram os mais influentes.

No início do segundo governo já havia uma expectativa de que Jaques Wagner assumisse a Casa Civil, mas Dilma preferiu manter Mercadante. Só com o aprofundamento da crise política é que ela aceitou fazer a troca.

Com a saída de Cardozo e a indicação de Wellington Cesar Lima e Silva, que foi procurador-geral de Justiça da Bahia, o ministro da Casa Civil começa a consolidar uma nova cara para o governo Dilma, muito mais parecida com ele do que com a própria presidenta.

Ao assumir a Casa Civil, Wagner buscou, junto com o ministro Berzoini, uma reaproximação com o Congresso por meio de uma postura menos arrogante e mais pragmática, uma mudança radical em relação à forma de atuar de Aloizio Mercadante. Os resultados dessa mudança de rota vêm aparecendo aos poucos, mas já construíram uma base mínima na Câmara que garantiu, por exemplo, a vitória de Leonardo Picciani na eleição à liderança do PMDB, que talvez tenha sido a maior vitória do governo no Legislativo neste mandato.

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