domingo, 27 de março de 2016

Governador e prefeito na briga por verbas federais


Postado por Magno Martins



 
Do Diario de Pernambuco – Rosália Rangel

Na busca de saídas que possam ajudar a enfrentar a crise econômica, o governo do Estado e a Prefeitura do Recife lutam para conseguir a liberação das operações de crédito junto ao governo federal. Os recursos permitirão aos gestores investir em projetos novos e concluir obras que estão em andamento, mas em ritmo lento por conta da escassez de verba. A situação complicou a partir da decisão do Tesouro Nacional, em agosto do ano passado, de suspender o aval dos empréstimos internacionais feitos por estados e municípios à Comissão de Financiamento Externos (Cofiex), do Ministério do Planejamento.

Esse cenário gerou um cronograma de visitas e de reuniões em Brasília. Mesmo com tantas articulações, o quadro continua indefinido. Em Pernambuco, o governo do Estado calcula que poderia captar cerca de R$ 1,8 bilhão em novas operações de crédito para o período de 2016/2018, além dos R$ 2,7 bilhões já autorizados.

Contratos que Paulo Câmara (PSB) busca destravar, mas as negociações não têm avançado como esperava o governador. A demora de uma sinalização por parte do governo federal, inclusive, levou o gestor a prevê um ambiente obscuro, no caso da situação não se definir até o final deste mês. Até porque o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, havia prometido em reuniões com os governadores apontar uma saída no início do mês.

Sempre que fala do assunto, Paulo Câmara tem destacado a complexidade das operações de crédito, lembrando as exigências dos contratos e alerta que, caso não sejam liberadas nos próximos dias, corre-se o risco da verba não chegar aos estados este ano.

Questionado se a não liberação iria comprometer no Estado ações projetadas para 2016, o governador respondeu: “Não, pois fui conservador, justamente dado a possibilidade da não liberação de operações”, destacou, referindo-se às medidas adotadas para reforçar o caixa estadual, a exemplo de ajustes de fiscais e o plano de contingenciamento de gastos.

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