quarta-feira, 2 de março de 2016

Da coluna de Magno Martins


Postado por Magno Martins



Armando: “Meu lugar é na oposição”

Na coluna de ontem, noticiei que setores ligados à coligação que elegeu o governador Paulo Câmara (PSB) teriam estendido as mãos ao ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, para a retomada do diálogo que teria repercussão de imediato nas eleições majoritárias de 2018. O trabalhista se elegeu senador na chapa de Eduardo Campos em 2010, ao lado do Humberto Costa, ambos hoje atuando no campo de oposição ao Governo.

O que se diz em Brasília é que a retomada de Armando ao velho ninho pelo qual foi eleito se daria pelo pouco entusiasmo dele em disputar o Governo do Estado, mais uma vez, em 2018, enfrentando as mesmas forças que o derrotaram para governador. Logo cedo, um aliado do ministro disse que em política nada é impossível, mas que Armando se constitui na grande liderança que a oposição aposta para retomar o poder estadual.

A repercussão da nota levou o próprio ministro a enviar a seguinte nota de esclarecimento, que transcrevo abaixo e destaco neste espaço pela sua importância.

“Meu caro Magno,

Em respeito à opinião pública de Pernambuco e aos nossos companheiros da oposição no Estado esclareço que jamais cogitei a possibilidade de vir a compor com as forças que hoje se alinham ao Governo de Pernambuco.

O resultado do pleito passado nos apontou o caminho da oposição, que deve cumprir um papel insubstituível e irrecusável, qual seja, o de fiscalizar o Executivo Estadual e promover permanente avaliação das políticas públicas que estão hoje em curso. Desse papel não nos afastaremos.

Quanto às disputas futuras, na perspectiva de 2018, qualquer avaliação é ainda muito precoce e, por isso mesmo, precária. De qualquer modo, estou e estarei sempre à disposição do nosso campo político para qualquer missão que me seja apontada.

Com o apreço de sempre”.

Armando Monteiro Neto

DIA D DE CUNHA– O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sofreu, ontem, um grande revés com a decisão do ministro Teori Zavascki, do STF, de negar seu pedido de adiamento do julgamento da denúncia contra ele pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em inquérito da Operação Lava Jato. Advogados de Cunha apresentaram, na última segunda-feira, um pedido para que o plenário da Corte decidisse sobre dois pedidos da defesa, em "sessão própria e prévia". A sessão está mantida para hoje e pode representar o afastamento de Cunha da presidência da Casa.

Liderança associada à gestão–
 Líder na pesquisa do Opinião sobre a sucessão no Cabo, postada ontem neste blog, o deputado Lula Cabral (PSB) atribui sua boa performance as duas boas gestões com a sua marca no município. "Já pude mostrar o que fiz pelo Cabo e vou mostrar o que posso fazer muito mais. Quando esse eleitorado for alcançado pelas redes sociais verá que a nossa proposta é muito mais apropriada”, disse. Ele destacou o resultado do cenário da pesquisa espontânea, onde aparece com 18,3%. "A espontânea é a mais importante porque as pessoas falam o que realmente está na cabeça delas. Esse dado não mente", afirmou.

Nomeação fere princípios– Os deputados da oposição, liderados por Mendonça Filho (DEM) entraram com uma ação na Justiça para tentar impedir a posse do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, sob a alegação de que um artigo da Constituição veda a possibilidade de membros do Ministério Público assumirem outros cargos públicos, exceto os que tenham ligação com o magistério. "A nomeação de Lima e Silva é uma aberração, uma questão de alfabetização. Basta ler a Constituição”, disse Mendonça.

Nem ai para o PT– Apesar do clima de desconfiança nos rumos da Operação Lava Jato com a troca de comando no Ministério da Justiça, auxiliares mais próximos da presidente Dilma argumentam que não haverá mudança no comportamento do Governo como deseja o PT. Um interlocutor direto da presidente lembra que, quando o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy foi trocado por Nelson Barbosa, o PT comemorou. Mas, poucos meses depois, Barbosa virou alvo de fritura do próprio partido por ter continuado a política de ajuste fiscal do antecessor.

Água no pescoço –
 O vice-líder da Minoria na Câmara, Raul Jungmann (PPS), acha que a substituição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pelo ex-procurador-geral da Justiça da Bahia, Wellington Cesar, foi uma reação do PT à proximidade das investigações da Operação Lava Jato de Lula e do Governo da presidente Dilma Rousseff. “Não resta a menor sombra de dúvida que, com a água chegando ao pescoço, Dilma, Lula e o PT degolaram o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo", assinalou.

CURTAS

ATENDIMENTO– O Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, passou a atender bebês recém-nascidos dos 21 municípios da Regional de Saúde, para diagnósticos de casos com suspeita com Microcefalia. Desde a semana passada, as consultas estão sendo realizadas, agendadas pela regulação que atende as Secretarias de Saúde. Antes, os pais e responsáveis pelas crianças precisavam se deslocar até Caruaru ou Recife, o que estava dificultando a assistência devido à distância.

COMPAZ– A prefeita de Arcoverde, Madalena Britto (PSB), recebeu, ontem, o engenheiro civil da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco, Hermínio Silva. Na pauta, a construção do Centro Comunitário da Paz-COMPAZ, que dividirá o terreno de 15 mil m² do antigo Centro de Educação Física, no São Cristóvão, com a Praça da Juventude.

Perguntar não ofende: O Supremo degola, hoje, a cabeça do presidente da Câmara, Eduardo Cunha?

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