Grupo de oito profissionais tem seis meses para analisar o envolvimento das autoridades no esquema da Petrobras
Afonso Benites, El País
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quer acelerar a análise dos processos que envolvem políticos no esquema de corrupção da Petrobras.
Em no máximo seis meses um grupo de oito procuradores investigará a participação de todos os políticos citados pelos suspeitos de participar do bando que teria desviado ao menos 10 bilhões de reais da maior petroleira brasileira. A constituição formal da força-tarefa ocorreu hoje por meio de uma publicação no Diário Oficial.
Conforme as apurações iniciais, entre 30 e 40 parlamentares, governadores e ministros serão investigados. Eles foram citados principalmente pelos delatores das fraudes, o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e executivos da construtora Toyo Setal.
Os principais partidos brasileiros, porém, esperam que perto uma centena de políticos sejam investigados. Até o momento vazamentos seletivos entregues à imprensa mostraram que legendas da base governista (PT, PMDB e PP) e da oposição (PSDB, PSB, PTB, DEM e SD) serão investigadas. Janot já deverá apresentar as primeiras denúncias já em fevereiro, no retorno do recesso do Poder Judiciário.
Rodrigo Janot conversa com Ricardo Lewandowski (Imagem: José Cruz / Agência Brasil) |
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